É assim que se vence a guerra dos concursos públicos

Durante muitos anos, décadas na verdade, o Poder Público foi no mínimo condescendente com a expansão do poder dos traficantes e milícias no Rio de Janeiro. Dezenas de morros acabaram dominados pelo tráfico de drogas, comunidades inteiras se viram submetidas ao crime sem que o Estado se fizesse presente. Deu no que deu, a coisa chegou a um ponto em que o Estado dava um jeito no problema, ou o problema passava por cima do Estado. O resultado está em todos os telejornais, tanques de guerra sendo utilizados para combater o exército de traficantes cariocas. Duas batalhas foram ganhas, mas várias ainda virão, a guerra continua.

E o que isso tem a ver com estudar para concursos públicos? Tem tudo a ver, tudo e mais um pouco. Explico.

Respeito os muitos autores e professores que preferem comparar a necessidade de dedicação e esforço orientado para estudar para concursos públicos com a prática dos mais diversos esportes. Concordo que muitas vezes tal comparação é perfeita. No entanto, acredito que uma comparação mais verossimilhante é mesmo a guerra, o combate sangrento para conquistar um inimigo que muitas vezes parece mais forte e maior que nossas forças.

Assistindo as imagens repetidas a exaustão na TV da invasão dos morros no Rio de Janeiro nesse final de semana por tanques e tropas bem armadas, pensei em como minha luta para vencer na guerra dos concursos públicos é semelhante. No alto do morro com aparência inespugnável está o que tanto busquei por vários anos, a posse em um bom cargo público. Era a posse lá no alto, eu lá embaixo e entre nós inúmeros perigos e dificuldades. O mesmo acontece com todos os concurseiros. Podemos e temos de nos armar muito bem para enfrentar os inimigos que só vencidos nos permitirão alcançar o prêmio que está lá no alto desses morros concursídicos.

E quem são nossos inimigos? Não, não são outros concurseiros, mas a preguiça e indisciplina de estudar com seriedade, a vontade de desistir, o comodismo, as dificuldades, as questões mal formuladas, os fraudadores de concursos públicos e até o desrespeito da própria Administração Pública para com os concurseiros quando nos negam a posse conquistada dentro das regras do edital e assim vai. Assim como na guerra contra o tráfico, esses nossos inimigos também nos ameaçam e atacam, usam armas diretas e indiretas, usam e abusam do terror, e somente podemos vencê-los atacando-os com mais intensidade, inteligência, determinação e astúcia.

Assim como na guerra contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, ou o Poder Público entrava nessa guerra de vez, para vencer, ou continuaria a ser derrotada dia após dias, a ser acoçada, extorquida, ameaçada, aterrorizada, cada vez mais distante da vitória. Entrou na guerra, colocou na rua todas as suas armas e mais um pouco, colocaram os traficantes para vencer e ocuparam o morro do alto abaixo, enfrentando tiros, granadas e outras tantas ameaças.

Resumo da ópera - Eu já dominei alguns dos morros da minha "Rio de Janeiro Concurseira", já venci vários inimigos, mas ainda tenho outros morros para dominar, outras comunidades para pacificar, outros cargos para conquistar e tomar posse. Assim como a cidade do Rio de Janeiro não está 100% dominada e pacificada, também não obtive minha vitoria total na guerra dos concursos públicos, só não posso parar agora que comecei a vencer, algo que somente farei quando tiver vencido todas as batalhas e eliminado todos os meus inimigos concursídicos definitivamente. Se parar agora, eles voltarão, uma hora ou outra, mais fortes, mais resistentes e difíceis de enfrentar. E você ainda acha que concursos públicos é como um jogo de voleibol?

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional

"Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional".

Dias atrás me deparei com essa frase e ela teve um significado muito especial para mim por conta da ocasião quando isso aconteceu. Explico.

Há pouco mais de dois meses e meio atrás eu ainda não estava empossado. Minha vida era estudar para concursos público com o máximo de dedicação e seriedade possíveis, além de enfrentar as dificuldades cotidianas, materiais e emocionais.

Sei exatamente o que é quase perder a esperança de um dia ser empossado, ter de enfrentar críticas e dúvidas alheias quanto a nossa opção de estudar e tudo o mais que faz o inferno na vida dos concurseiros. Então um dia recebi aquela carta que avisava o início de uma nova fase em minha vida, a carta que anunciava que, finalmente, todo meu esforço e persistência havia sido recompensado com uma posse em cargo público.

Há pouco mais de dois meses e meio vinha de ônibus para São Paulo a fim de trazer aquela batelada de documentos necessários para tomar posse em cargo público. Esse final de semana fiz o mesmo caminho dirigindo meu automóveis cheirando à novo comprado dias atrás. É, concurseiros, a vida muda muito rápido após a posse em cargo público, e muda para muito melhor, sem para isso ser preciso abrir mão da honestidade, apenas sendo competente e fazendo seu trabalho com seriedade.

Enfrentar dificuldades faz parte da vida, seja sem sermos concurseiros, sendo concurseiros ou servidores, afinal de contas, problemas são inevitáveis, surgem queiramos ou não, das mais diferentes fontes e demandam serem resolvidos mais cedo ou mais tarde. Isso é chato, ruim, até mesmo injusto, mas é uma daquelas realidades da vida que não podem ser mudadas e, por isso, temos de nos adaptar de um jeito ou de outro.

DERROTA s.f. Desbarato, destroço de tropas.Revés, sucesso funesto, mau êxito (num prélio, num empreendimento).

Realmente, ser derrotado pelos problemas que surgem em nossa vida é 100%, total e completamente opcional. Temos a opção de lutar para resolver os problemas que nos afligem ou de deixar que eles passem por cima da gente. Temos a opção de perseverar ou de nos deixarmos levar.

Claro que lutar não é fácil, muito pelo contrário. Lutar significa sair de nossa zona de conforto, de ter de mostrar os dentes e "partir para cima" de uma situação não poucas vezes assustadora e que parece muito maior que nossas possibilidades de resolução.

Lutar contra os problemas é inerente a estudar sério para concursos públicos, faz parte do nosso contidiano, é o que fazemos em jejum antes mesmo de tomar o café da manhã. Lutamos contra problemas que nos impedem de estudar com P2D (Planejamento, Disciplina e Determinação), lutamos contra bancas organizadores desorganizadas, contra livos mal escritos, contra matérias que consideramos difícieis e/ou chatas de estudar, contra críticas e interpelações de parentes, amigos, conhecidos e desconhecidos. Ufa, o que importa é que temos de lutar, que lutas não faltam e que temos apenas a opção de lutar ou nos rendermos, desistir, sermos derrotados.

Resumo da ópera - Você quer ter sucesso na guerra dos concursos públicos? Quer ver sua vida melhorar em pouco tempo sem para isso abrir mão da honestidade e da ética? Quer que tenham orgulho de você? Quer calar a boca de quem hoje o critica? Então lute e não aceite ser derrotado pelos problemas que teimam em surgir em sua vida!

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Motivação negativa e estudo

William Douglas Resinente dos Santos, em sua obra “O que Você Precisa Saber sobre Como Passar em Provas e Concursos”, ensina que a motivação interna negativa é prejudicial ao rendimento de estudo do concursando, ao contrário da positiva, a qual legitimaria o esforço do candidato (pg. 52 da 12aEdição). Recentemente, eu me deparei com uma situação em que a motivação negativa para estudo inicialmente falou mais alto, conforme pode ser verificado do relato a seguir.

Após vários concursos prestados, fui aprovado em concurso público realizado pela Corregedoria de um Tribunal de Justiça estadual, sendo esse um “concurso escada”, uma vez que pretendo colocação em tribunal regional federal ou no Ministério Público da União. Pois bem, após ser nomeado, por quatro anos acomodei-me com relação aos estudos, sem obter aprovação em concurso com pontuação suficiente para ser nomeado.

Tal situação me traz à mente aquela história do sapo que é cozinhado conforme se aumenta gradativamente a temperatura da água da panela, ao contrário daquele que salta imediatamente após ser jogado na água fervente, uma vez que fui notando aos poucos as vicissitudes do órgão em que ingressei, culminando com o evento que mencionarei em breve.

Apesar de haver pontos positivos nesse cargo, como, por exemplo, ser muito bom e harmônico o relacionamento entre os servidores no setor em trabalho, percebi que com o passar do tempo o volume de serviço foi aumentando, sem, no entanto, haver novo concurso público para contratação de pessoal. A remuneração, suficiente para se manter um bom padrão de vida, mostrou-se reduzida quando comparada com o que ganha quem trabalha nos órgãos federais. Assim, eu vinha relevando os pontos negativos até que, em fevereiro deste ano, na esteira dos escândalos que envolveram o Tribunal de Justiça desde dezembro de 2008, nós, os aprovados no último concurso para servidores, fomos confrontados com a possibilidade de esse certame ser anulado pelo Conselho Nacional de Justiça, uma vez que há indícios de fraude que beneficiou candidatos parentes de desembargadores.

Ao receber a notícia, percebi que aquele era mais um impulso para que eu estudasse de forma comprometida e obtivesse minha aprovação. Ao mesmo tempo, retornando à ideia do parágrafo inicial, lembrei-me das palavras de William Douglas, questionei a validade de minha motivação e cheguei a um meio termo.

Então decidi o seguinte, persistirei no objetivo de obter aprovação em um órgão público federal, a fim de ingressar em um órgão que realize concursos públicos periodicamente, o que amenizaria a sobrecarga de trabalho, e ter uma remuneração melhor, dentre outras motivações positivas, mas ao mesmo tempo manterei como motivação um pouco da insatisfação e da indignação com o ocorrido em doses homeopáticas, insuficientes para sabotar meus estudos.

PABLO CASSIANO Santos é um concurseiro retomando os estudos.

Esse artigo foi um dos finalistas da promoção "Envie-nos um artigo legal e ganhe um bom prêmio".

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Concurseiro - qual é o seu objetivo?

Diariamente acompanho com certa preocupação, muitos colegas concurseiros reclamam incessantemente da falta de motivação para os estudos. Vejo que muitos deles não conseguem exatamente porque lhes falta algo muito importante e principal motivador que é simplesmente ter um único e verdadeiro objetivo, algo concreto, que sirva de combustível para alimentar essa tal motivação. Sem isso é quase impossível ter êxito numa empreitada rumo a um cargo público ou qualquer outro projeto de vida.

Antes mesmo de começar a estudar é muito importante e imprescindível se questionar a respeito do seu objetivo.

Veja este questionário que montei com perguntas e respostas sobre o assunto:

1. Qual é o meu objetivo?

R - Passar em um concurso público.

2. Eu preciso disso?

R - Sim!

3. Por quê?

R - Porque preciso ter um emprego estável, segurança e independência financeira.

4. Isso vai me fazer feliz, Por quê?

R - Muito! Porque vou me realizar profissionalmente, ter uma família, ajudar as pessoas através das funções do cargo que irei desempenhar.

5. O que me impede de realizar esse sonho?

R - Eu mesmo! Não tive atitude suficiente para começar minha caminhada.

6. O que farei para mudar isso?

R - A partir de hoje, vou mudar de estação, vou sintonizar uma frequência otimista e positiva acerca do meu objetivo. Chega de desculpas esfarrapadas! Chega de auto sabotagem!

A partir desse questionamento é possível vislumbrar possíveis falhas na sua caminhada e, por conseguinte, tomar medidas necessárias para corrigi-las, além é claro, descobrir qual é mesmo o seu objetivo, para que finalidade mesmo você está estudando.

Veja alguns pontos positivos quando se tem um objetivo:

1) além da motivação, um objetivo é capaz de orientar aonde queremos realmente chegar (ponto de partida e ponto de chegada);

2) ele ajuda a ter mais “P2D” (planejamento, disciplina e determinação) e foco centrado;

3) Quando se tem um objetivo tudo fica mais prazeroso e envolvente. Não existe tanta cobrança e nem aquela rotina estafante, desgastante (aquela mesmice ininterrupta de estudos);

Portanto, ter um objetivo é o mesmo que se apaixonar, ter um desejo para alcançar um propósito, um fim. Porém, é necessário agir como um apaixonado, lutar para que esse desejo se torne realidade. Uma boa dica é ter fotos ou imagens daquilo que você criou como seu objetivo (automóvel, casa, sítio, contracheque do cargo pretendido etc.). Colar em vários locais do seu ambiente de estudo (nas paredes, no banheiro, nas contracapas dos livros, no espelho, na agenda, no teto), inconscientemente e quase sem perceber, isso ajuda a despertar mais o interesse e atrair pensamentos positivos, principalmente naqueles dias de baixíssimo rendimento e pensamentos de desistência (isso funciona de verdade).

Resumo da ópera - Não importa o tamanho do seu objetivo. Seja a realização profissional, a estabilidade financeira, ajudar a família, comprar uma casa, veículo, ou simplesmente fazer aquela viagem dos seus sonhos. O importante mesmo é que você tenha um objetivo e lute por ele, porque o seu desejo lhe mostrará os meios e no final, todo esforço e dedicação valerão à pena.

Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como único objetivo, obtém, ao fim e ao cabo, a capacidade de fazer qualquer coisa”. (Mahatma Gandhi)

Fontenele é um concurseiro que está cada vez mais perto do seu objetivo.

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Falta de grana

A falta de dinheiro realmente é um empecilho por ocasião do estudo para concursos públicos. Isso porque é notório, e até estimulado de forma incessante aqui no Blog, que para atingir nossa meta, nos utilizemos de bons materiais (em relação à sua qualidade e procedência), tenhamos certo tempo à disposição para estudo, e eventualmente participemos de palestras, cursinhos, aulas virtuais ou módulos específicos de aprendizagem.

E tudo isso tem custo, evidente!

Além disso precisamos nos atentar ao pagamento de taxas de inscrição, viagens para realização de provas e diversos outros gastos, que ocupam espaço em nosso orçamento particular ou familiar.Seria uma grande inverdade, contudo, se eu dissesse aqui que tal “dificuldade” não tem solução. Pois tem, e eu a autodenomino: técnica “do dá seu jeito!”

Isso porque grande parte da porcentagem dos aprovados em concursos públicos não são aquelas que tiveram todas as vantagens e oportunidades na vida para tal mister. Pelo contrário, trabalharam e estudaram ao mesmo tempo, cuidaram de sua família, pagaram as próprias contas e não raras vezes, priorizaram o estudo, deixando de lado o convívio familiar, os prazeres menores, sonhos particulares, relacionamentos, etc, para estudar e se dedicar a esse projeto de aprovação.

Por isso, nós também podemos “dar nosso jeito” quando a falta de dindin aperta! Seja prestando processo seletivo para ganhar bolsas em cursinhos (que sempre disponibilizam bolsas integrais e em percentuais para alunos que prestam seleção periódica); trabalhando em meio-período para dedicar o outro ao estudo; empregando livros e materiais de bibliotecas universitárias, artigos disponíveis na internet e que tenham boa procedência e liberalidade na distribuição, etc.

O importante e prioritário é se conscientizar quanto a importância de superar essa e outras dificuldades para se alcançar nosso sonho. Se tem que trabalhar, então que o faça de forma digna, e que de cabeça erguida, sacrifique finais de semana, horas de sono e de lazer para estudar o tempo que for possível. O mesmo se diga em relação a bolsas de estudo, estágios não integrais, entre outros. Sempre com dignidade, o importante é assumirmos nossa condição de vida, sem nos envergonhar do auxílio de terceiros podem prestar, ou mesmo de lutar para conquistar novos postos e modificar nossa situação atual.

No futuro, após empossados, esse exercício de humildade nos ajudará a nos manter equilibrados e estáveis ante as artimanhas que o status e a estabilidade financeira podem trazer. E no futuro, façamos o mesmo por outros que necessitarão de auxílio para perseguir seus sonhos e chegar à mesma aprovação que nós.

Resumo da ópera - Por isso, dá seu jeito! Porque reclamar de falta de dinheiro, não raras vezes, é um exercício de fuga e desculpite. Sim, parece insensível de minha parte, mas não é. Não ter todo o dinheiro do mundo disponível em nossa conta bancária, no mínimo, deveria nos estimular a nos sacrificar para melhorar nossa situação, além de, claro, nos possibilitar uma mudança de paradigma que nos permita cuidar de nossa família e ajudar nossos familiares queridos e que tanto fizeram por nós, no futuro. Dá seu jeito!

PAULA OLIVEIRA é concurseira por vocação.

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Motivação

Diante dos últimos tempos, de alguns anos para cá, fica difícil embrenhar-se na densa mata dos concursos públicos. Uns largam a iniciativa privada, suas cobranças por vezes excessivas, sua pressão por resultados imediatos, sua alta competitividade e desconsideração para com a qualidade de vida de seus componentes para ingressar num serviço que lhe dê estabilidade. Outros almejam a investidura como um projeto de vida, visando à realização de aspirações. Alguns, ainda, precisam sobreviver, e contam com a aprovação para saírem de situações financeiras e familiares difíceis.

Lembro-me que uma das primeiras vezes que prestei concurso foi em 1997. Ainda cursava Direito, e tentei – por tentar – a carreira de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça em São Paulo. Fui prestar a prova numa cidade bem interiorana, distante mais de duzentos quilômetros de onde moro. Um ano depois fui chamado, mas não assumi, pois priorizei os estágios e a manutenção da minha faculdade.

Àquela época havia poucas pessoas prestando junto comigo, no mesmo colégio. Poucas mesmo. Hoje qualquer concurso de prefeitura municipal é suficiente para bloquear todas as vias próximas de um quarteirão. Vê-se um mar de gente em colégios e universidades, nos processos seletivos de maior porte. Naquela época passei bem colocado estudando por apostilas de banca de jornal; hoje, fica difícil passar até se houver um estudo mais completo, de alguns livros por matéria, sem contar a leitura quase que obrigatória de jurisprudência das Cortes superiores. Naquela época eu era estudante; hoje sou formado, porém convivendo com uma situação nada agradável de me empenhar, prestar a prova e – dando tudo certo – aguardar a nomeação num concurso, ainda que escada, a fim de pôr minha vida nos eixos. Iniciativa privada não é mais opção, frente ao modo de trabalho e aos interesses do mercado, que barram gente que não tenha o “perfil” ou uma tenra idade, ainda não bem explorada pelas empresas ou escritórios. A melhor palavra para definir esse quadro é “encruzilhada”.

Acredito que esse é o drama de muita gente. Uma situação-limite, um ponto em que voltar é perigoso e o futuro é incerto. Decisões a se tomar, pouco tempo para pensar, muito o que se preparar. A natureza humana tendente à preguiça. Uma luta em que o principal adversário é a própria pessoa. E como ter motivação, diante de tudo isso?

Naturalmente, quem entra na vida de concurseiro tem que calcular os custos de sua empreitada. Para conseguir as laranjas mais altas do pé, é preciso pegar uma escada, uma pedra ou uma vara de bambu: elas não virão até você. Há um preço a se pagar para atingir algo maior e melhor. A motivação incide aqui dando justamente o comando: “você está fazendo um investimento e, como tal, quer e merece retorno”. Quem não valoriza o que conquistou até agora não tem como se motivar. Outro fator é o que se deseja como retorno desse investimento: algo de qualidade ou “qualquer coisa serve”? O que plantarmos, colheremos; um olho tem de estar na semeadura e outro na ceifa. A motivação incide aqui questionando: “qual o teu plano para o futuro? O que você espera com tudo isso?”

Penso que a motivação de uma pessoa pode mudar seu jeito de encarar os desafios. Abstrair a realidade não é sequer saudável; ela não impede, entretanto, de sonhar. Sonhar é, de fato, projetar o que se quer, baseado no contexto presente e considerando o passado, quer ele tenha sido bom ou mau. Motivação é para quem sonha, sem se esquecer da realidade e do que já lhe aconteceu, de experiência de vida. Motivação é para quem não se contenta com o pouco, com o resto. Motivação é para quem joga para ganhar, quem aspira à vitória, quem dá o melhor de si, sem se preocupar com os resultados. É para quem já é vencedor, só de estar na disputa.

Resumo da ópera - Motive-se, e não se esqueça do vizinho. Um pode ajudar o outro nessa caminhada.

CLEBER OLYMPIO, um concurseiro que procura motivar os seus companheiros de luta.

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Concentração

A maior dificuldade que eu tive no início da minha vida de concurseiro foi trabalhar a minha concentração para os estudos, visto que eu tinha muitos vícios e manias quase irreversíveis, trazidas em grande parte lá do ensino fundamental e médio, onde não é exigida tanta disciplina como no estudo para provas de concursos públicos. Entre essas manias estavam: nunca revisar a matéria, estudar somente no dia da prova, não fazer os exercícios e sempre procurar um bom motivo para as notas ruins, como colocar a culpa no professor, por exemplo.

Confesso que demorei a entender que tudo dependia exclusivamente da minha vontade e quanto mais eu adiava isso mais as matérias ficavam confusas na minha mente e consequentemente aumentava a vontade de desistir. Então como resistir às tentações da internet (e-mail, orkut, fóruns) TV (programas e filmes reprisados), telefone, passeios e outros desperdiçadores de tempo? Durante muito tempo essa foi uma das muitas perguntas que não se calava na minha árdua rotina de concurseiro.

Recentemente até publiquei no blog um artigo que tratava exatamente sobre um velho conhecido dos concurseiros e principal causador da falta de concentração nos estudos. Leia novamente: Concurseiros x procrastinação: o que fazer?

Por fim, desenvolvir algumas técnicas que melhoram consideravelmente minha concentração e consequentemente a motivação para suportar longas horas de estudos sem distrações.

Mesmo sendo algo muito particular, destaco algumas delas:

1. Crie metas semanais de estudos a serem cumpridas com horário para começar e terminar. Exemplo: Agende suas principais tarefas diárias (banco, consultas médicas, academia etc.) e logo depois agende as matérias. Só comece a estudar depois que cumprir todas as tarefas (não há concentração que aguente uma agenda lotada de compromissos).

2. Livre da monotonia (nosso cérebro odeia), seja criativo e busque a cada dia diversificar o seu estudo com novas técnicas. Exemplo: crie resumos como se fosse um professor preparando uma aula para seus alunos, elabore várias questões sobre esse resumo e comente cada assertiva com um colega ou, sozinho mesmo, em voz alta.

3. Procure alternar seu local de estudo entre seu quarto, uma biblioteca, a casa de um colega. Exemplo: use seu quarto para leituras e resumos, a biblioteca para simulados de provas e a casa de um colega para simulados de questões.

4. Crie o hábito de anotar o tempo que estuda diariamente (horas líquidas), principalmente se você estuda e trabalha. Use esses dados para servir de orientação para o planejamento das horas de folga durante o dia, os finais de semana e os feriados. Exemplo: 1h pela manhã, 1h no almoço, 1h à noite.

5. Não seja tão radical a ponto se desconectar do mundo. Use os horários de intervalo das aulas para usar a internet (conferir e-mail, orkut, fórum), falar ao telefone e um dia da semana para o lazer (cinema, TV, namorar, passeios, jogos etc.), ou simplesmente não fazer nada (eu recomendo com moderação).

Resumo da ópera - Ter concentração no estudo para concurso público não é tarefa fácil em meio a este mundo cheio de distrações e problemas pessoais diversos. Entretanto, tudo é possível a partir do momento em que se queira realmente conquistar um objetivo, independentemente de ser um cargo publico ou não. Com foco e “P2D” o resultado sempre aparece, o Sr. Charles Dias, que o diga.

"Nenhum trabalho de qualidade pode ser feito sem concentração e auto-sacrifício, esforço e dúvida." (Max Beerbohm)

Fontenele é um concurseiro que está concentrado no estudo.

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Um dos problemas que o concurseiro encontra no caminho é o emocional

Esse é o grande agente que anima ou desanima os corpos. Muitos sofrem com os os diversos reveses que o projeto “ser empossado em um cargo público traz”. Dói, dói, mas vence que supera a dor e fica calejado.

Eu mesma já passei por vários desafios dessa vida, mas estou aqui firme e lutando. Sei que existem pessoas com problemas muito graves e, quando olho para elas, eu me sinto uma fraca diante dos meus pequenos dilemas. Por isso, vou continuar incentivando para que sejamos fortes e nos blindemos contra essas adversidades.

Uma das coisas ruins é ser muito reprovada, bater muito na trave e, às vezes, não conseguir entender onde estou errando. Isso é uma coisa muito agoniante porque, nem sempre, a gente consegue traçar um diagnóstico preciso daquilo que precisamos corrigir para caminharmos em direção à vitória. Você reestuda seu livro, as suas provas e...nada. Ainda bem que a minha persistência sempre me faz acabar descobrindo depois aquilo que tanto buscava. E eu consigo vencer aquele problema.

Algumas vezes, vem aquela falta de crença em mim mesma. É aquele pensamento extremamente maléfico que arruína todo o seu bom histórico como estudante. Você fica achando que nunca estará pronto para fazer boa prova ou que sabe muito pouco. Então, é bom parar logo com isso, pois de tanto pensar nisso, vai que seu cérebro começa a acreditar nessa ideia?! Aí, é que você vai de mal a pior (risos). Eu trato logo de respirar fundo, lembrar do quanto já caminhei e não do quanto falta caminhar. Se você estiver estudando com seriedade e compromisso, não vejo porque cair nessa armadilha de sabotagem própria.

Outra coisa que arrasa nossas emoções é a permanente sensação de estar atrasado diante do bombardeio de informações que o mundo nos proporciona. Desde que fizeram quase tudo virar interativo, quando fazemos uma escolha, renunciamos outra. Como é óbvio, quando optamos por estudar para concursos que enfatizem um tipo de área do conhecimento, é normal ficar meio defasado com as demais. Só que acende aquela luz interna de preocupação: não estou lendo muitos jornais, não decorei bem aquela lei, não estudei informativos do STF e STJ, não estudei bem o português etc. Aff, vamos parar com isso! Eu já me senti assim muitas vezes, mas logo percebi que essa cobrança é muito injusta comigo mesma! Afinal, o tempo que gastei não foi me divertindo em excesso, mas estudando! É assim mesmo, ora! Então, diga não à sua neura!

Por fim, duas coisas que já foram devastadoras para mim, mas não me atingem mais são: as comparações e aquele pessoal que passa em concurso e diz ter estudado 14h por dia.

Antigamente, alguns conhecidos meus viam uma pessoa aprovada com a minha idade ou com o mesmo tempo de estudos que eu e começavam a me criticar. Eu ficava aborrecida e me importava com esses comentários. Contudo, depois, criticamente fui percebendo que estou sempre aprendendo, não fazendo nada de errado. Notei que cada um de nós tem uma história de vida. Isso mesmo! Cada um tem mais ou menos facilidade para assimilar conteúdo, controlar a ansiedade. Cada indivíduo reage de forma diferente aos estímulos de estudos e às experiências de vida. Enfim, assim como não existe uma pessoa igual a outra, cada um tem seu tempo. Até os irmãos gêmeos têm diferenças! Por isso, um dia eu chegarei ao ponto necessário para ser aprovada. Não sei quando será, mas sei que acontecerá. Por tal razão, parei de me importar com esse falatório.

No que toca o pessoal das 14h, eu comecei a dividi-los em pessoas que não sabem contabilizar as próprias horas de estudos e pessoas esnobes. Gente, o corpo não suporta estudo até a exaustão. Você pode (e eu recomendo) estudar até ficar cansado, mas não exagera, vai! Você precisa ter saúde para tomar posse. Por isso, eu também não caio mais naquela “conversa-pra-boi-dormir” de algumas pessoas que querem que a gente os veja como seres especiais, que têm uma capacidade maior que a de qualquer outro ser humano. É pura vaidade! Isso, portanto, não me causa nenhum tipo de rebuliço.

Resumo da Ópera – Não adianta você ter dinheiro, os melhores livros, poder pagar pelo melhor curso se suas emoções não estiverem balizadas. Procure refletir e identificar o que está te impedindo de evoluir e tente resolver a questão para ontem. Afinal, ser feliz é algo urgente!

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Não é sofrimento, é investimento

SOFRIMENTO - s.m. Dor física ou moral; padecimento, amargura.Desgraça, desastre.

INVESTIMENTO - s.m. Ato ou efeito de investir, de atacar; investida.Aplicação de capitais com finalidade lucrativa.

Nada poderia ser tão diferente quanto as palavras e definições acima. De um lado temos o sofrimento, algo que todos querem evitar por conta de seus efeitos dolorosos e nefastos. Do outro lado temos o investimento, algo necessário se queremos ver nossos recursos florescerem, multiplicarem-se, e, assim, adquirir algo que desejamos ou precisamos.

Considerando tudo isso, estudar para concursos públicos é um sofrimento ou um investimento? Analisemos com cuidado o assunto.

Passar anos estudando com seriedade e dedicação para passar em concursos públicos, abrindo mão de divertimento, consumo e sonhos imediatos, sendo alvo de críticas, descrença e dúvidas, tendo que passar por cima de derrotas que se sucedem, reinventar-se e superar-se a cada dia, ufa, nada disso é fácil ou agradável, sou o primeiro a concordar. Tudo isso tem "cara, cor e cheiro" de sofrimento, mas não é bem por aí.

Sofrimento é algo que acontece na vida como resultado de algum negativo. Sofremos de tristeza quando alguém querido se muda para longe, falece ou nos abandona. Sofremos quando vamos mal em uma prova de concurso público para a qual não estávamos realmente preparados para encarar. Sofremos os resultados de uma enfermidade. Notaram que o sofrimento sempre é decorrente de alguma coisa negativa que aconteceu em nossas vidas?

Investimento, por outro lado, é um processo que levará a um resultado. Investir em geral é acompanhado por poupar, que é abrir mão de consumos menores hoje para fazer um consumo de maior envergadura no futuro. Poupamos dinheiro para comprar um carro zero quilômetro, uma casa, um celular de último tipo. Investimos tempo, esforços e estudo para passar em concursos públicos. Notaram como do investimento resultará algo positivo para nossas vidas?

Ora, a diferença é marcante e fica claro como um dia ensolarado que estudar sério para concursos públicos é investimento e, de forma alguma, é sofrimento.

O lado ruim de estudar para concursos públicos (abrir mão do divertimento imediato, ser criticado e alvo de dúvidas, ...) é efeito colateral do investimento. Quando investimos também deixamos de consumir imediatamente e disso decorrem dúvidas, críticas e algumas cositas mais nem um pouco agradáveis. É como quando decidimos comprar um carro zero quilômetro daqueles mais caros, mais modernos e completos. Para fazer isso não compramos coisas menores como um novo celular ou aquela calça jeans de marca famosa, deixamos de viajar no feriado, nos contemos quando vamos ao shopping. Mas, no final, saímos felizes da vida da concessionária com aquele carro estalando de novo, nem sequer lembrando dos pequenos consumos que abrimos mãos para fazer tal momento se tornar uma realidade. É a mesmíssima coisa com concursos públicos.

Resumo da ópera - Não se deixe acreditar que tudo o que você abre mão hoje para poder estudar com seriedade para concursos públicos é um sofrimento, porque não é, o que você está fazendo é investir no seu futuro, que não está muito distante assim. Acredite, quando daqui a algum tempo você sair da concessionária com seu carro zero estalando de novo, nem se lembrará da dureza do osso que teve de roer para tornar aquele momento em realidade.

CHARLES DIAS é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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Limitando-se pelo tempo?

Tempo, fator limitante para muita gente. Já dizia Napoleão Bonaparte que “espaço se recupera; tempo não”. O tempo naturalmente influencia a vida das pessoas, posto que não dá para se dissociar a vida humana dos fatores tempo e espaço: como parte da criação divina, estamos imersos nesses fatores que nos orientam e dão sentido. E se pudéssemos abstrair do eixo tempo?

Vi em certo fórum de concurseiros a opinião de uma pessoa que afirmava ser o “concurso” um atraso em sua vida, uma vez que há 5 anos ela buscava a aprovação e não conseguia. Alguém, no mesmo fórum, dizia com língua mordaz que “concurso não é para qualquer um”, como se roubasse a esperança do primeiro argumentante. Tudo possuindo a má influência da prisão do fator tempo.

O ser humano, por natureza, é imediatista. Quer algo para “ontem”, se possível, e na sociedade moderna a pressa já não é mais tratada como inimiga da perfeição, senão requisito indispensável para obter a produtividade com o menor índice de falhas possível. E por mais que o indivíduo tenha paciência tibetana, parece que sempre há com o que se preocupar quando o assunto é o tempo de obter as coisas, a concretização de projetos, a almejada ascensão social, dentre outros.

Acontece que em tudo que se deseja obter ou realizar, no qual haja valor agregado, é necessário que se empregue não apenas energia, recursos, mas especialmente tempo. Os trabalhadores vendem seu tempo; os psicanalistas atuam em favor do paciente em pequenas doses de tempo; em filas de banco, ou no trânsito gasta-se tempo. Até permite- se que o tempo passe logo, por meio de atividades lúdicas como palavras cruzadas! E tudo é uma mesma escala, imutável. Segundos após segundos, horas sobre horas, dias após dias, anos após anos.

Há muitos que se preocupam com esse fator, mas para viverem da mesma maneira que outros no passado: tempo de casar, de se formar, de passar férias com a família, de envelhecer e, finalmente, de morrer. Note-se, então, que a pessoa quer moldar sua vida através do modo como os outros trataram o fator tempo. Ora, quem disse que precisamos nos ater ao tempo alheio? Quem disse que, ao estarmos nos preparando para concursos – e com isso gastando horas e dias debruçados sobre materiais de estudo – estamos perdendo tempo na vida? Quem disse que o tempo, segundo a maioria, é a melhor forma de viver?

Repare, novamente: tudo o que construímos de valor requer tempo. E, o tempo que temos, só nós poderemos gastar com sabedoria e discernimento necessários, e produzir uma vida nova, um projeto que vai dar certo e que não se restringirá à posse em cargo público. Nisso devemos perceber os fatores que tentam nos limitar: possam haver até circunstâncias desfavoráveis financeiras, familiares e afins, mas que jamais nos prendamos a uma ideia de tempo que não convém a quem almeja construir uma carreira pública.

Resumo da ópera – Obrigado pelo tempo despendido em ler este artigo. Agora, use bem do seu tempo e vá estudar!

CLEBER OLYMPIO, há oito anos aprendendo que existe tempo para tudo.

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Oportunidades desperdiçadas

Inúmeras vezes não aproveitamos as oportunidades que a vida nos traz. As “grandes” são bem visíveis, e quando as deixamos escapar – por falta de atenção ou de ousadia – elas praticamente nos dão uma bofetada, nos censurando, como se quisessem dizer: “você não me viu!?”. Outras, na maioria das vezes, passam despercebidas, pois são “pequenas”. Precisamos dar igual atenção às duas.

Há algum tempo atrás, um amigo meu, por achar que ainda não estava preparado o suficiente, não se inscreveu num concurso que ele desejava muito fazer. Ele me falou que só havia quatro vagas e que as provas seriam realizadas em outra região do país; por esse motivo, a “despesa” (na verdade, um investimento) ficaria muito alta. Ao ser repreendido por mim, ele se justificou: “Ano que vem outro será realizado aqui no Estado, até lá estarei pronto”.

Poucos dias depois da realização do concurso, por curiosidade, ele fez o download da prova e a resolveu. Agiu como se estivesse no dia do certame (a maioria dos concurseiros já fez isso alguma vez na vida): trancou-se no quarto, desligou o telefone e o celular e marcou o tempo exato que foi disponibilizado para a realização da prova. Terminado o “concurso domiciliar”, ele calculou que, das setenta questões, tinha acertado no máximo umas cinquenta e cinco, mas quando conferiu o gabarito oficial e corrigiu a prova, tinha acertado sessenta e três. Para sua surpresa, e desespero, com essa pontuação ele poderia ter conquistado a terceira vaga.

Tenho consciência de que isso não é um fundamento consistente para afirmar que ele passaria naquele concurso, pois vários fatores poderiam contribuir para que o seu resultado não fosse tão bom como o que obteve fazendo a prova em casa: o nervosismo, a pressão de ver vários candidatos ao seu lado, o fato de estar num local estranho e cansado da viagem, o famigerado fiscal – que insiste em nos atrapalhar – conversando com o pessoal que passa pelo corredor, o ar condicionado que não funciona direito e tantas outras coisas que normalmente acontecem num concurso. Realmente, nada garante que ele teria o mesmo desempenho. Mas o meu questionamento é: E se ele tivesse? Quem sabe se aquele não foi “o concurso” dele, a sua grande oportunidade? Infelizmente, ele nunca saberá.

Essa história é um exemplo de uma “provável” grande oportunidade perdida. Para concluir vou dar mais um exemplo, de outro tipo, que diariamente bate à nossa porta e não percebemos.

O blog frequentemente nos traz “pequenas” oportunidades, que não podemos deixar de aproveitar! Estamos sendo encorajados a desenvolver, ou mesmo a descobrir, nossas habilidades literárias, nossa criatividade. Não podemos mais desperdiçar oportunidades como essas, pois apenas nós saímos perdendo. E o pior é que perdemos duas vezes: a chance de ganhar um belo prêmio e de aprender um pouco mais como escrever melhor.

Resumo da ópera - Precisamos ter mais confiança em nós mesmos e coragem para aproveitar as grandes oportunidades que aparecem. Além disso, devemos ser mais atentos para enxergar as “pequenas” e aprender a valorizá-las. Se realmente queremos ser aprovados em um concurso público, temos que aproveitar todas as oportunidades que surgirem, e não apenas as grandes, pois o somatório das pequenas oportunidades aproveitadas – ou desperdiçadas – pode fazer uma enorme diferença em nossa trajetória rumo ao sucesso.

PAULO SAMPAIO é um concurseiro que não desperdiça boas oportunidades concursídicas.

Esse artigo foi um dos finalistas da promoção "Envie-nos um artigo legal e ganhe um bom prêmio".

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RESENHA - "Políticos e Espiões – O controle da Atividade de Inteligência" de Joanisval Brito Gonçalves

Para quem tem a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) como meta na guerra dos concursos públicos, trazemos a resenha de um lançamento saído do furno especialmente para concursos dessa agência.



Políticos e Espiões: O Controle da Atividade de Inteligência


ISBN: 9788576264323
Editora: Impetus
Edição: 1 º Edição
Acabamento: Brochura
Formato: 16x23 cm
Paginas: 312
Autor: Joanisval Brito Gonçalves
Ano Publicação: 2010

Após o lançamento da obra Atividade de Inteligência e Legislação Correlata, na qual são esgotadas todas as possibilidades de questionamentos e explorados todos os dispositivos e particularidades da atividade de inteligência no Brasil, Joanisval Brito Gonçalves retorna ao tema com Políticos e Espiões – O controle da atividade de inteligência, para discutir formas possíveis de os órgãos de inteligência atuarem de acordo com os preceitos fundamentais da democracia. Na terceira obra da Série Inteligência, Segurança e Direito, da Editora Impetus, portanto, propõe-se a problematizar o diálogo entre políticos e espiões, entre a atividade de inteligência e o campo política. Uma relação necessária para a formulação de mecanismos de controle que concluam pela eficaz operação do serviço de inteligência no País, conjugado com os princípios democráticos.

Embora a discussão do tema seja de grande complexidade, a experiência e o conhecimento de Joanisval Brito sobre a área diluem o problema em um texto extremamente rico em conteúdo, claro e até mesmo prazeroso. Como ponto de partida, o autor retoma a conceituação teórica do serviço de inteligência de forma resumida, uma vez que o tema já havia sido assunto do livro anterior da mesma série. Em seguida mergulha na sua proposta de analisar o controle da atividade de inteligência mediante o levantamento histórico e questões pontuais – como por que, de que forma e para que controlar, qual o papel do controlador e de que maneira equilibrar princípios como sigilo e interesse público ou controle funcional e controle institucional. Para isso, municia-se de vasta bibliografia e exemplos internacionais de mecanismos de controle, oferecendo inúmeros argumentos para que o leitor acompanhe sua linha de raciocínio.

Após a compreensão do conceito de controle, caminha para a parte mais prática, na qual aborda tanto os mecanismos de controle parlamentares como os para além do parlamento, logicamente enfatizando a importância do primeiro modo.

Por fim, Joanisval se debruça sobre a conjuntura nacional, realizando um detalhado panorama da história recente do País, a partir do período militar, sob a ótica do serviço de inteligência. Com espírito crítico apurado, traça uma história da Inteligência no Brasil para, enfim, propor suas sugestões de reforma no controle da atividade de inteligência brasileira. Dessa forma, o autor confirma o diferencial de sua obra, que, além de preencher uma enorme lacuna deixada pela bibliografia da área, não se detém na revisão dos problemas, mas propõe soluções e alternativas. Uma obra absolutamente útil aos legisladores e a todos demais interessados no serviço de inteligência.

THAÍS TIBIRIÇÁ é colaboradora eventual do Concurseiro Solitário para resenhas..

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Quando a banca faz provas malfeitas

Sempre estudei muito a matéria teórica e a letra da lei. Contudo, recentemente, eu comecei a ficar meio “entediada” com meu material de estudo. Explico: eu já li meus cadernos de cursinho, já li uns livros importantes e percebi que faltava algo: era resolver exercícios. Assim, parti para alguns livros que comentavam questões que foram resenhados por mim no blog.

Realmente, depois que comecei a fazê-los, meus estudos de bons ficaram turbinados. Os livros explicam tudo, fazem belas revisões da matéria que ficou esquecida e dissecam item por item as alternativas das questões objetivas.

Ocorre que eu fiquei mal acostumada com tanta facilidade. Eu esgotei um dos meus livros de questões uma banca famosa e peguei um outro para resolver sem gabaritos comentados. Meu Deus, que dificuldade é estudar assim, pois acabo levando o dobro e, às vezes, o tripo de tempo para elucidar uma questão! É muito improdutivo quando comparo com o didatismo da outra modalidade.

Eu também peguei provas anteriores de uma banca menos tradicional para resolver questões passadas, mas meu susto foi ainda maior. Como os gabaritos não foram justificados, como é regra entre as organizadoras, eu tenho penado para entender a razão de ser deles. Isso porque, não raro, as provas são incrivelmente malfeitas. Pena não existirem livros que comentem as questões dessas bancas.

Poderia parecer soberba de minha parte achar as provas mal-elaboradas, mas não é. Em alguns casos, em que pedi ajuda a alguns amigos concurseiros e aos colunistas do blog e eu realmente estava errada; mas na maioria das vezes, havia questões sem resposta, outras com duas respostas corretas ou gabaritos super equivocados.

Eu percebi os erros porque já fiz muitos cursinhos, aproveitei cada um deles e tenho acumulado uma excelente bagagem de estudos. Além disso, eu consultei diversas obras nas quais as questões foram embasadas e constatei que realmente havia problemas nelas.

O que me espanta nisso tudo é que as bancas deveriam ter pessoal extremamente qualificado para fazerem seus trabalhos. Afinal, elas são escolhidas justamente por essa especialização intelectual. Além disso, por esse mister exercido, são bem remuneradas. Por isso, eu fico perplexa quando vejo uma prova elaborada sem cuidado técnico, com problemas logísticos. Fico lamentando ver conflitos acontecerem entre as organizadoras e os candidatos. É de cortar o coração abrir os jornais especializados em concursos e me deparar com notícias assim.

Resumo da Ópera – Apesar dos problemas constatados - parafraseando a famosa frase - ainda considero que fazer questões não seja um obstáculos, mas um caminho para a aprovação. Não se deixe abater por esses problemas e continue estudando. Tire sempre suas dúvidas!

RAQUEL MONTEIRO é uma legítima concurseira carioca.

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Frustração

É muito comum nos frustramos quando tentamos algo durante meses e anos e não obtemos a resposta ou o resultado que esperamos obter. Os sentimentos de incompetência, irresponsabilidade, insegurança, frustração e descontrole (no sentido de não ter controle sobre a vida) são imensos e comuns em todas as pessoas que partem para grandes empreitadas na vida, não somente aqueles que buscam o concurso público.

Eu tenho vários tipos de clientes. Desde de pessoas muito bem financeiramente até aquelas que estão começando suas vidas financeiras, ou se restabelecendo. Tenho aquelas que buscam um relacionamento saudável e outras que lutam para manter os seus relacionamentos saudáveis. O mais interessante, é que em todos os níveis sociais e culturais, temos seres humanos, sofrendo de problemas semelhantes e às vezes muito complexos, e que o dinheiro, ou o amor da pessoa próxima, não consegue dar conta, porque na verdade o problema, nunca está fora. O problema, sempre é interno. Somos nós, internamente que precisamos dar conta de nossos problemas e dar novos significados a eles.

Racionalizar os problemas é um meio de buscar um novo sentimento e mudar sua postura em relação a esses problemas. Por outro lado, não podemos nos esquecer de sentir. As emoções geram movimentações. Emocionar-se com um novo critério é fundamental para que as grandes mudanças da vida possam acontecer. Fazer com o coração, mas sabendo que a cabeça foi usada para isso. Deixe-me dar-lhes um exemplo. Quebrar o seu padrão de comportamento e resignificar é fundamental. Richard Bandler, um dos descobridores da PNL, certa vez curou um paciente esquizofrênico que dizia ser Jesus. Bandler montou uma cruz e o ameaçou de crucificá-lo. Como o homem que se dizia ser Jesus, não se imaginava ser crucificado, rapidamente se viu obrigado a retornar ao seu padrão original, ou seja, o homem que era inicialmente, não a figura imaginária que ele havia construído.

Nós, por hábito, muitas vezes criamos certos padrões. Esses padrões podem ser ótimos, pois nos deixam cheios de recursos para atingir mais e mais metas e outros são padrões que nos limitam, deixando-nos vazios de recursos. Podemos dessa forma nos intitular de preguiçosos, ou incompetentes, ou que não iremos conseguir pois sempre haverá um que passará a nossa frente. O problema não é pensar nisso. O problema é que lá na frente, nos deparamos com a prova do concurso. Se você disser insistentemente para si que é incompetente, ou que talvez nem adiante muito porque certamente há alguém melhor que você, seu cérebro, que responde a comandos básicos, imediatamente vai interpretar que você, por mais que tenha estudado e tenha total condição de virtualmente gabaritar a prova, não pode acertar todas as questões porque há alguém melhor. Imediatamente você acaba se sabotando. Não importa o quanto você tenha estudado e o quanto saiba, não importa se os simulados que você fez foram mais difíceis que a própria prova, se o seu foco é que há uma concorrência, o seu cérebro vai dar um jeito de te impedir de acertar um número máximo de questões, porque você criou a imagem de incompetência diante de um grupo de pessoas. Mas durante os seus estudos, você pode verificar a sua competência.

Uma dica é criar a sensação de que durante a prova você se imagine fazendo um simulado, não a prova de fato. A sensação de insegurança certamente irá diminuir.

Resumo da ópera – Não há fracasso, há resultados. Se você disser a si mesmo que não conseguirá o seu cérebro fará de tudo para que você não consiga. Até dor de barriga e enjôo você terá. Pense no sucesso de passar na prova e que você está cheio de recursos para tirar um super notão. Esqueça a concorrência. Ela certamente não é importante, se ela for mais importante, o seu cérebro entenderá que você é menos e você, automaticamente se eliminará da prova.

Sucesso!

Eric Gerhard

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Radicalidade

Me chamaram de radical esses dias.

E antes que os caríssimos leitores pensem que a Paula pratica esportes de aventura, pula de prédios, faz rally ou surfa em tsunamis, dianto que não é nada disso, o que aconteceu é que me chamaram de radical com outro significado, como sinônimo de ser inflexível, de não mudar de opinião sobre certas coisas.

Radicalidade, radicalidade, radicalidade” (José Kentenich – filósofo)

Estudar não é fácil. Não me refiro à matéria, às modalidades de prova, às bancas examinadoras, mas sim a tudo aquilo que precisamos nos esforçar para superar por trás do estudo.

É difícil vencer a si mesmo, por exemplo, quem muitos dizem (com razão) ser nosso maior (e único, talvez) concorrente. É difícil manter uma vida equilibrada, harmoniosa, sem deixar de lado aspectos importantes da qualidade de vida por ocasião desse estudo.

É difícil refinar as adversidades, a exaustão, a ansiedade, e conviver com críticas diretas ou indiretas sobre a decisão que tomamos quanto a “apenas” estudar, ou “perder” tempo com a família, após um dia de trabalho, para ficar escondido em um canto da casa, estudando.

Para todas essas dificuldades eu, Paula, não vislumbro outra saída que não a da radicalidade.

A radicalidade na decisão em tomar a sério o propósito pessoal de estudar. A radicalidade para enfrentar com a cabeça erguida as duras críticas e as duríssimas quedas que temos pelo caminho. A radicalidade em seguir os próprios planos de estudo, sem colocar à sua frente desculpas, dramas familiares, histórias de vida. Não, nada disso pode nos impedir, por que sim, somos radicais naquilo que sonhamos.

Nesse ponto da minha vida, eu prefiro não ser uma “metamorfose ambulante”. Não vou mudar de opinião e eu não vou desistir. Simples, ponto final. Seria mais fácil fazer como todo mundo faz? Ou, seria menos difícil seguir outra vertente jurídica ou profissional? Talvez, mas pessoas radicais aceitam todas as conseqüências, incluindo as adversas.

Em alguns momentos eu gostaria muito de saber se todos aqueles que um dia questionaram minhas decisões são tão felizes com as próprias escolhas. Mas depois eu penso e re-penso e chego a conclusão de que nada disso vale a pena ou compensa o esforço. Não, não seremos completamente compreendidos. Não, não será fácil ver a idade avançando e ter a própria vida em “pause”. Mas, devemos otimizar nossa reação, e mantendo nossa integridade e princípios intactos, “ignorar” de certa maneira, tudo isso e seguir em frente.

Não tenham medo de serem radicais. De assumirem um posicionamento em relação aos concursos públicos e segui-los. Ainda que custe e que doa um pouco, não há dúvidas (e vemos isso através dos depoimentos daqueles que já foram aprovados – aqui no Blog) de que valerá a pena.

Resumo da ópera - Radicalidade, radicalidade, radicalidade. Eu me orgulho do que decidi. E você?

PAULA OLIVEIRA é concurseira por vocação.

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