É tudo uma questão de ponto de vista

O artigo de ontem causou mais controvérsia do que eu imaginava que poderia causar. O clima esquentou no shoutbox e foram vários os emails que recebi de leitores do blog, tudo por conta da polarização das opiniões. Muitos concordaram com minha posição expressa no artigo, enquanto outros discordaram completamente.

Pois bem, vamos então trabalhar um pouco melhor esse assunto hoje. Começo com uma pergunta. Tempos atrás estava conversando com um amigo que nem pensa em concursos públicos. Ele trabalha com desenvolvimento de softwares para uma grande empresa do ramo, gosta do que faz, a empresa o valoriza e ele tem um salário mensal pouco menor que R$5 mil reais, é casado, tem uma filhinha linda de cinco anos de idade, a esposa é professora de jardim de infância. Ele contava que havia ido ver o preço de uma automóvel maior, algo do tipo Meriva, Zafira, Megáne, Picasso, aqueles carros tipo minivam para quem tem filhos que não param quietos. Pois, bem, se apaixonou pelo novo Citroen C4 Picasso, achou o automóvel bonito, confortável, bom de dirigir, com ótimo espaço interno e tal, mas assustou com o preço, R$83 mil. Conversa vai, conversa vem, contras analisados, prós levantados, então ele me disse algo que reflete muito bem a realidade. “Charles, não é o carro que é caro, nós brasileiros é que ganhamos pouco mesmo”.

A discussão em torno do artigo de ontem foi sobre ser correto um servidor do Senado Federal ter uma remuneração média em torno de R$20 mil. Não só entre nós, mas na mídia e na boca do povo, esse valor é imoral, absurdamente algo, incompatível com a realidade brasileira, escandaloso e tal. Concordo que esse valor é realmente muito alto se o compararmos com o salário mínimo atual de R$465 (é 43 vezes maior), ou mesmo com a remuneração média (de edital) de um servidor de nível médio na esfera federal, em torno de R$3,5 mil (5,7 vezes maior). Mas daí adapto o que disse esse meu amigo e pergunto para vocês. “Concurseiros, não são os servidores do Senado que ganham muito, são as outras profissões que ganham pouco mesmo?”.

Vocês acham que um salário mínio de R$465 é justo ou mesmo suficiente para dar conta de todas as necessidades previstas na Constituição, que tecnicamente o salário mínimo deveria cobrir? Vocês acham que R$3,5 mil é uma remuneração ótima para um servidor público federal? Eu acho que não para ambos os casos.

Tudo é uma questão de ponto de vista, de termos de comparação. Automóveis Mercedez no Brasil é sinal de status, de luxo, de riqueza. Na Alemanha e vários outros países da Europa Mercedez é usado como táxi, é um carro médio acessível à classe média. Outro exemplo, nos Estados Unidos um aparelho de celular Iphone de 16GB, aquele famoso de tela sensível da Apple, custa US$299, o equivalente a menos de R$600. No Brasil o mesmo aparelho, sem subsídio de operadora, custa por volta de R$2 mil. E olha que esses aparelhos são importados tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, uma vez que são fabricados na China. Além disso, US$299 frente ao salário mínimo médio dos Estados Unidos, que gira em torno de US$1500, é apenas 1/5 do danado. Aqui o mesmo Iphone custa 4,3 salários mínimos!

Notem que não defendo de forma alguma salários faraônicos para servidores públicos, não é nada disso. Argumente, isso sim, que no geral os salários e remunerações no Brasil são é muito baixos, muito baixos mesmo, essa é a grande verdade. Se o salário mínimo no Brasil fosse equivalente ao norte americano, por volta de R$2500, e um servidor médio federal tivesse uma remuneração média de R$10 mil, essa remuneração do Senado Federal não pareceria tão exorbitante. Estou certo ou estou errado?

Agora, outro ponto que quero argumentar é quanto ao fato de que como servidor público quem não concordar com o valor da remuneração recebida poderá tomar apenas três atitudes, se a remuneração for muito baixa poderá fazer greve (como acontece sempre no serviço público) ou pedir exoneração, se for muito alto poderá pedir exoneração. Nunca soube de servidor que se recusou a receber toda a remuneração por considerá-la alta demais e, portanto, injusta, e nem sei se existe um modo de servidor público recusar oficialmente parte da remuneração.

Resumo da ópera - Termino esse artigo com uma pergunta. Você foi nomeado e empossado para um cargo público com remuneração de R$3,5 mil. Está tudo muito bom, tudo muito bem. Então é publicado no Diário Oficial que a remuneração do seu cargo passará a ser de R$10 mil. O que você, servidor honesto e trabalhador, faria? Continuaria trabalhando e recebendo tal remuneração? Pediria Exoneração por não concordar em receber uma remuneração tão alta?

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

ATENÇÃO - Para enviar esse artigo para alguém, clique no envelopinho abaixo.

Ahhhhhgggggrrrrrrrr ...

Ontem estava lendo uma dessas revistas semanais e numa matéria sobre o escândalo do Senado, havia um box com uma entrevista com um servidor dessa casa legislativa. Basicamente tal servidor dia que sentia vergonha de trabalhar no Senado e que pensa seriamente em abandonar a carreira pública para voltar à iniciativa privada, pois apesar de ser um servidor honesto, que não se metia em falcatruas, mesmo assim recebe uma remuneração que considera astronômica (geralmente R$20 mil, mas que em junho chegou a R$32 mil).

Putz, é lendo coisas assim que fico puto, mas muito puto da vida!

Quando terminei de ler a tal entrevista pensei, “putz, eu aqui ralando feito um condenado, estudando feito um louco 10 horas por dia todos os dias, pedindo a Deus para ser empossado num cargo de R$3,5 mil (para começar) e esse cara falando tanta bobagem”.

Penso assim. Como escrevi no artigo de sexta, quando me propus a prestar concursos públicos, já tinha em mente que serei um servidor 110% honesto e ponto final. Não participarei ou serei omisso frente a ilegalidades, falcatruas e toda essa sujeira que ronda o serviço público no Brasil. Para mim o Código de Ética dos Servidores Públicos (de qualquer poder e esfera) não é letra morta, mas é algo para ser seguido a risca, é um código de conduta moral que me proponho a seguir para poder deitar tranquilo a cabeça no travesseiro a noite e dormir o sono dos justos.

Agora, uma coisa é não ser desonesto por ação ou omissão, outra coisa completamente diferente é um servidor querer se insurgir contra benefícios e níveis remuneratórios estendidos a todos os servidores do órgão onde trabalha. A primeira coisa é ser honesto e ético, a segunda é querer aparecer ou ter um parafuso a menos na cabeça.

Peguemos um exemplo prático. Digamos que por algum milagre muito milagroso os governadores do Brasil resolvam criar um piso remuneratório para os policiais militares, de forma que um soldado (mais baixa patente da carreira) passe a ter uma remuneração inicial de R$5 mil (nada mais justo para esses profissionais que arriscam a vida todos os dias em meio à violência urbana). Ok, tudo muito bom, tudo muito bem, mas daí começa a rolar um movimento de policiais militares de diversos estados insatisfeitos contra esse piso remuneratório que consideram muito alto e ameaçam entrar em greve se tal valor não for cortado pela metade. Isso tem sentido? Todos os policiais receberem esse piso remuneratório é desonesto ou antiético? Eu acredito que não.

Se eu fosse hoje servidor do Senado Federal com um salário astronômico desses, tranqüilo por não participar ou nunca ter participado de falcatrua nenhuma, não sentiria vergonha nenhuma, nada disso. Continuaria trabalhando de queixo erguido, fazendo o meu trabalho da melhor forma possível e exigindo vigiando meus colegas para que fizessem o mesmo.

Mas é aquela história, “para cada cabeça, uma sentença”. Não conheço o servidor que deu a tal entrevista, não sei qual a realidade que ele vive, quais os valores morais e ético pelo qual baliza sua conduta, portanto não sou eu que vou julgá-lo certo ou errado em sua crença nesse assunto. Vivemos em um pais que preza a liberdade de consciência, e apesar de não compartilhar de sua opinião, defendo com unhas e dente seu direito de ter uma opinião diferente da minha.

Resumo da ópera – Perdoem-me pelo desabafo, mas se ponham no meu lugar, estou estudando a pouco mais de dois anos, rezando todos os dias por uma nomeação, cansado, de vez em quando espreitado pela sombra da frustração, doido para ficar feliz da vida com uma remuneração de R$3,5 mil que seja. Nessa situação não posso deixar de ficar injuriado quando um servidor público se diz envergonhado por ganhar em mesmo trabalhando honestamente, não posso mesmo. Dá vontade de falar para o cara, “ei, amigão, vamos trocar de lugar por uns três meses e depois conversando”.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Carta Aberta aos Concurseiros Solitários

Olá, sou o RC (tentei eleger um codinome com melhor sonoridade, mas já viram o quanto criativo eu sou, não?), tenho 22 anos de idade e há 15 anos almejo a magistratura. Mas já quis ser Promotor, Procurador, Oficial de Justiça, Advogado, Analista de Controle, Escrevente, Escrivão, Policial, Delegado etc.

Quem nunca enveredou por tantos abrilhantados sonhos? Quem nunca quis ser alguma coisa na vida, que atire a primeira pedra! Mas na verdade, o que todos queremos ser, é felizes, ricos e casados (ou solteirões). E tudo se converge num mesmo ponto: o concurso público.

Em verdade, a escolha pela carreira pública, como nós optamos (se você está lendo este blog é porque você tem pelo menos o interesse em mudar de vida), é uma mudança de vida, para alguns, mais abruptas, para outros, mais amenas. Ora, se você é casado e tem filhos, qual tempo precioso da família se sucumbirá aos estudos; caso seja solteiro ou esteja namorando, o tempo da farra e da assistência amorosa estarão mitigados. Costumo dizer que não dá para conciliar falta de tempo com estudos...

Mas calma lá! Não estou os desencorajando. Quero adentrar um pouco da minha história e aconselhar um pouco aos meus amigos (se conselho fosse bom, venderíamos, não? hehehe).

Primeiro: Como começar? Se você é recém chegado ao barco dos concurseiros solitários, vá para o banco de trás e observe os erros de quem está à sua frente. Quero dizer: há muito vi que comprar os melhores livros, frequentar as melhores faculdades e cursinhos, não são a solução. Explicarei. Já gastei bastante com livros e tenho muita vontade de largar o preparatório, mas não consigo. É, isso vicia e faz parecer necessário e fundamental.

Segundo: Comecei! Há uns 08 anos, juízes diziam que “passei lendo os livros do professor sinopse”. Para quem não as conhece, são os livros resumos da Saraiva, do Professor Carlos R. Gonçalves (eu particularmente gosto muito de suas doutrinas “completas”- civil e responsabilidade civil). Bem, a geração evoluiu e o direito mais ainda. Hoje em dia, devemos buscar o aprimoramento circunstancial do direito, não apenas a doutrina, haja vista a sensível jurisprudência do STF e STJ (leitura indispensável para quem está começando).

Terceiro: Meu quarto mês de preparação. De início, o contato com doutrinas do tipo “Curso Completo – Volume único” favorecem o apanhado geral das disciplinas vistas na faculdade. Eu as li para começar e vem dando certo para mim. Associado a isso, vem novamente os informativos, famigerados “sistema push”!!

Quarto: Ôpa! Olha a autorização do concurso aí! O que mais se vê na internet é a manchete de que tal instituição pediu autorização para concurso e o edital sairá no mês que vem. =/ Mai, Jun, Jul, Ago, Set, Out, Nov, Dez... E nada de edital. Um exemplo disso, notório, é a prova da Policia Federal. Já fazem uns 02 anos que a internet ta nessa. O que quero dizer é o seguinte: não é hora de se desesperar. O concurso virá mais cedo ou mais tarde. O que deve ser feito então? Sempre estar estudando, principalmente Português, Direito Administrativo e Constitucional e Tributário. São figurinhas fáceis nos editais.

Quinto: Falando em edital... Eleja um concurso base, aquele que é o seu sonho de contracheque (holerite, para alguns!). Deve ser ele seu foco, então busque sempre estar em dia com suas matérias principais, porque volta e meia, aquelas manchetes que eu disse acima, as mesmas não vem e você será pego de surpresa. Ademais, eu não descartaria de tudo outros concursos, apesar de eu não ser adepto ao concurso escada. É que para mim, o objetivo principal não deve inibir de tentarmos provas subsidiárias. Vide meu exemplo: Quero magistratura. Mas acho que vou fazer prova para agente penitenciário do ES e ainda TRT. Nada a ver? Não se engane. Ali tem fortes concorrentes fazendo o que VOCE deveria estar fazendo: controlando o estômago, a cabeça e a postura diante de uma prova. Isso também é preparação, meu caro amigo! Faz você se desapegar da prova e “obrigação” de passar.

Sexto: Está enfadonho o texto? Peço desculpas. Mas estou tentando sintetizar aqui no nosso blog diário tudo que um concursando mais precisa saber.

Sétimo: Cursinho ou não cursinho? Cursinho! Se você tem a oportunidade de fazer um preparatório, dou total apoio. Caso não, apoio também. Como eu disse, eu faço. Tenho bons professores, alguns amigos (de outras salas. Da sua, infelizmente, não haverá altruísta) e é um bom local para revisar a matéria, para quem não consegue se dedicar aos livros. Conheço Juiz Federal que nunca fez um dia de cursinho. Conheço Defensor Público da União que ia em todas as aulas que podia. Ou seja, isso é muito subjetivo. É o único conselho que eu pediria uma segunda opinião! =/

Oitavo: Exercício físico: É, meu caro, serviço completo por aqui! Se você é magrinho, parabéns. Mas faça uma atividade física pelo menos 03 vezes por semana, porque isso lhe contribuirá para a memória, haja vista a melhora da circulação sanguinea e oxigenação do cérebro, sua máquina principal. Recomendo uma leitura excelente, do Preparador Físico do Ayrton Sena, Nuno Cobra: A semente da vitória. É uma leitura rápida e de campeão. Não me custou um dia e me adiantou uns 03 meses de sedentarismo.

Nono: Ajustes finais: Aquilo que todo mundo fala: Tenha um lugar reservado para estudar; evite estudar com ipod e afins, salvo uma música clássica PARA COMEÇAR a estudar, que ajuda no relaxamento; evite também tampões de ouvido, a fim de inibir totalmente o ruído; enfim, o ambiente deve ser calmo e relaxado, o mais próximo da sala do concurso. Ah! Cuidado com a caligrafia, uma prova feia não conquista o examinador. Assim sendo, vá escondido à papelaria e compre um caderninho de caligrafia e volte a cuida da estética da tua letra, ok?

Décimo: Finalmente, meu grande trunfo: O Quadro de Horários. A organização é o que prende o estudante à disciplina rígida dos concursos. Fixar uma meta, igualmente. No meu quadro, tem o horário da igreja, da academia, do trabalho e de cada matéria. E eu divido de 15 em 15 dias, de modo a favorecer, ou melhor, a diminuir a curva do esquecimento. Depois eu escrevo algumas dicas de como montar um supimpa quadro de estudos, ok?

Décimo primeiro: Obras auxiliares de concurseiros campões:

www.williamdouglas.com.br - Juiz Federal

Concurso Público: Estratégia e atitudes. Waldir Santos (Advogado da União)

Juiz Federal: Lições de preparação para um dos concurso mais difíceis do Brasil. Alexandre Henry. www.dedodeprosa.com

Então, seja lá qual o cargo que pretendes, essas dicas irão aperfeiçoar seus estudos. Mas tudo não será significativo se não aliá-las aos estudos propriamente ditos, à humildade e companheirismo.

Resumo da ópera - A Internet pode ser uma boa amiga na sua preparação, outrossim, a sua derrota. Desapegue-se, aprenda a fazer concurso, porque isso é profissão e cada vez mais, o próximo está mais preparado.

RC é um concurseiro solidário e está em busca de um lugar no sol, digo, na folha de pagamento do Estado.

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Prova será "a mais difícil da história dos concursos"

Ontem foi publicado no site Concursos CorreioWeb, do jornal Correio braziliense, um artigo muito interessante sobre o concurso para EEPPG do MPOG, aquele das 100 vagas, com o sugestivo título “Prova para especialista em políticas públicas será a mais difícil da história dos concursos para o cargo” (clique para ler). Tenho certeza de que os concurseiros interessados nesse concurso que viram esse artigo sentiram as pernas tremerem, a respiração falta, o suor frio do medo brotar. E não poderia ser por menos, o título não deixa de ser honesto.

O artigo gira em torno das mudanças que ocorreram nesse certame em relação no modo como serão realizadas as provas, algo bem diferente do que acontecia até então. Basicamente são duas as principais mudanças:

- Somente prestarão a prova dissertativa (escrita) os 380 primeiros colocados dentre os que prestarem a prova objetiva.

- Nas palavras do artigo do CorreioWeb, “Durante os testes, os concorrentes vão encontrar questões em formatos variados: para as avaliações dissertativas, o edital prevê muito mais do que uma simples redação. Os participantes deverão também responder a quatro questões discursivas e elaborar uma análise de caso”.

Essas duas mudanças são realmente brutais, pois dão um peso muito maior à prova dissertativa, ao mesmo tempo que tornam a disputada na prova objetiva ainda mais sangrenta que de costume. Ou seja, o concurseiro que for prestar esse concurso terá tanto de estar com a matéria da prova objetiva na ponta da língua para fazer uma excelente pontuação, como terá de dominar muito bem as matérias da prova dissertativa, não apenas de forma isolada como compreendendo suas interconexões, para poder ter uma boa chance de sucesso nesse certame.

O artigo ainda toca num ponto muito importante. Com essas mudanças os concurseiro que prestarão esse concurso terão não poderão se basear nas provas antigas para o cargo, ou seja, não terão parâmetro algum, estarão “no escuro” e terão de se conformar e se virar da melhor forma possível. Não há espaço para choro, o negócio é encarar ou passar a vez.

É, gente, é como já venho repetindo aqui no blog faz tempo, os concursos públicos estão ficando cada vez mais difíceis. Aquela história de decoreba é coisa do passado, isso porque mudou completamente o perfil dos concurseiros. Se há alguns anos a grade maioria era formada por gente com nível médio ou superior fraco, hoje temos na disputada gente formada nas melhores instituições de nível superior, gente muito boa, que sabe muito e estuda muito. A prova do que digo está nos últimos concursos, onde cravar 90% de acerto garante apenas ter a esperança de que o órgão ou entidade contrate o dobro ou o triplo de vagas previstas no edital. Há três ou quatro anos atrás essa mesma pontuação era garantia de posse!

Resumo da ópera – Estudem, meus amigos, estudem muito, mas muito mesmo, porque não temos de desbancar somente a concorrência entre nós mesmos, mas também temos de estar preparados para o modo como os concursos estão ficando cada vez mais difíceis ... isso é fato e ponto final.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Uma questão de ética

Todo concurseiro sério com algum tempo de estrada já estudou o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal para algum concurso, que logo de cara se autodefine da seguinte forma:

Art. 1o Fica instituído o Código de Conduta da Alta Administração Federal, com as seguintes finalidades:

I - tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades da alta Administração Pública Federal, para que a sociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo decisório governamental;

II - contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos da Administração Pública Federal, a partir do exemplo dado pelas autoridades de nível hierárquico superior;

III - preservar a imagem e a reputação do administrador público, cuja conduta esteja de acordo com as normas éticas estabelecidas neste Código;

IV - estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses públicos e privados e limitações às atividades profissionais posteriores ao exercício de cargo público;

V - minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever funcional das autoridades públicas da Administração Pública Federal;

VI - criar mecanismo de consulta, destinado a possibilitar o prévio e pronto esclarecimento de dúvidas quanto à conduta ética do administrador.

Claro que tudo o que prega esse código de ética deve valer para todos os âmbitos da Administração pública, para todas as esferas, para todos os poderes, para todos os servidores ou políticos, mas não é o que vemos que acontece na realidade.

Está pegando fogo mais um escândalo em Brasília, onde o Senado Federal, com o desbaratamento de um conluiu criminoso entre senadores e altos servidores dessa casa legislativa. Não que esse seja um escândalo mais escandaloso que outros tantos que já foram trazidos à luz ou que ainda existem nas sombras, mas é o “escândalo do momento”.

Ética, afinal de contas o que é ética? Um bom dicionário diz que é o conjunto de princípios, normas e regras que devem ser seguidos para que se estabeleça um comportamento moral exemplar. Se pensarmos bem, qualquer pessoa que tenha tido uma boa educação no seio familiar, que aprendeu que roubar é feio, que ser desonesto é vergonhoso, que jogar lixo na rua da janela do carro é falta de respeito, que diversidades raciais e culturais devem ser respeitadas, bem, quem aprendeu tudo isso e um pouco mais aprendeu o lado prático de ser ético. O problema é que muita gente esquece do que seus pais lhes ensinou!

Estou estudando feito um condenado para poder alcançar a vitória na guerra dos concursos públicos, isso já faz dois anos. Nos últimos 25 meses abri mão de todo o conforto que já tinha alcançado, topei voltar para a frente dos livros oito, dez horas por dia, topei ser taxado de “vagabundo que não quer trabalhar” por muitos, me submeti a uma dezena de provas, me frustrei um tanto de vezes, vivo na ansiedade por conta dos sucessos que já tive e que ainda não se transformaram em nomeação. Quando vejo toda essa sacanagem de propinas, corrupção, conluius e tal, uma demonstração prática que muitos políticos e servidores públicos não estão nem aí para qualquer código de ética quando o assunto é encher os bolsos de dinheiro e amealhar cada vez mais poder para poder cada vez mais encher os bolsos de dinheiro (dinheiro público, meu, seu, de crianças pobres sem merenda escolar, de doentes carentes morrendo sem remédio nas filas de hospitais públicos precários, ...) não posso deixar de ficar intrigado.

Uma trama de corrupção como essa que vem acontecendo no Senado Federal, com centenas dos tais “atos secretos” (e aprendemos que todos os atos públicos devem ser publicados para serem válidos) e tal, bem, não é preciso ser muito esperto para ver que algo assim não aconteceria se não houvesse a participação, pelo menos a anuência silenciosa e criminosa, de servidores menores que os diretores do Senado e nobres senadores. Sim, servidores públicos que um dia ralaram de estudar para adentrar na carreira pública (pois o Senado não tem apenas servidores comissionados) participaram ou pelo menos sabiam já faz muito tempo de tudo isso que está sendo trazido a público somente agora. Os que participaram são criminosos como os outros que orquestraram o esquema, isso é fato. Agora, os que souberam, não participaram, mas se calaram também são criminosos, culpados pelo crime de condescendência criminosa!

Resumo da ópera - Sinceramente, gente, não estou ralando feito um cachorro para entrar no serviço público e um dia vir a participar desses esquemas criminosos ou então ficar calado quando souber de um. Se for convidado a participar, não topo e denuncio. Se souber de algum, denuncio também. Podem me chamar de honesto ético romântico, não me importo. Podem dizer que “mas as coisas sempre foram, são e serão assim”, mas acredito que só foi, será e é assim porque tem gente que pensa dessa forma. Para mim ética tem significado e minha carreira como servidor público será pautada na ética ... ou então estarei cuspindo em toda o sofrimento e esforço que estou fazendo nesse momento e que está me custando muito caro.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Sobre três concursos

Hoje gostaria de fazer algumas rápidas considerações sobre três concursos públicos que estão dando o que falar no momento. Vamos lá.

IBGE

Saiu ontem no site do Jornal dos Concursos, “O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística prorrogou o período de inscrições para o processo seletivo que vai preencher 3.500 oportunidades temporárias ao cargo de agente de pesquisas e mapeamento em todos Estados do país e no Distrito Federal”.

Quem lê só esse pedacinho da notícia deve pensar “putz, mas esse povo concurseiro não quer nada com a vida mesmo. São 3.500 vagas (!) e a banca ainda precisou prorrogar o prazo de inscrições!”. Hehehehe, nossa, bom se fosse assim. Mas essa é apenas a ponta do iceberg ... parente daquele que afundou o Titanic.

Esse cargo é temporário, com validade inicial de 12 meses podendo ser prorrogado até o limite de 24 meses. As funções do cargo são bastante simples, ir de casa em casa fazendo a pesquisa do próximo censo, basicamente. Até aí tudo bem, mas então o que torna esse concurso pouco atraente para muiiiiitos concurseiros? Vejamos.

Primeiro é o próprio trabalho. Pensem bem ficar oito horas por dia indo de casa em casa para que respondam a uma pesquisa. Brasileiro não gosta de responder pesquisa, isso é fato. Acredito que esse trabalho não será muito mais fácil ou difícil que o de agente de saúde na luta contra a Dengue, tendo de enfrentar gente chata, que não coopera, cabeça dura. Claro que alguns terão sorte de trabalhar nos melhores bairros das cidades, mas outros terão de roer o osso nas periferias mais perigosas.

Segundo é a remuneração. Para um trabalho “osso duro de roer” como esse, se eu fosse o administrador público responsável por determinar a remuneração dos que terão de realizá-lo debaixo de sol e de chuva, não pensaria em valor menos que R$1.500,00 ... só que a realidade é muito mais injusta e a remuneração é de apenas R$700,00 + vale transporte e auxílio alimentação! Como diria o Boris Casoy, uma vergonha!

Minha opinião – Melhor prestar o próximo concurso do Banco do Brasil, remuneração sensivelmente melhor, plano de saúde, não é temporário, não será preciso ficar andando feito um condenado para desempenhar o cargo, correr de cachorro, ...


SEFAZ-SP

Também foi publicado recentemente no site do Jornal dos Concursos, “A Secretaria de Fazenda (SEFAZ) de São Paulo divulgou, nesta sexta-feira (19/6), o edital de abertura do concurso que oferece 600 oportunidades para o cargo de agente fiscal de rendas. O salário é de R$ 6.806,25 e a carga horária vai de 40 a 44 horas semanais”.

Opa, esse é um daqueles excelente concursos públicos que ocorrem apenas uma ou duas vezes a cada biênio. São 600 vagas para Agente de Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo com remuneração de quase R$7 mil, sem contas as vantagens e benefícios. Como disse um amigo meu, esse é um “concursão”.

Agora, não se enganem achando que esse concurso é para qualquer um, pois está longe disso. Dei uma olhada no edital e a quantidade de matérias para estudar é assustadora. Além disso a banca será a FCC (Fundação Carlos Chagas), que parece estar rapidamente deixando de ser a famosa “Fundação Copia e Cola” (fama ganha por cobrar em provas quase apenas decoreba). Com provas marcadas para 15 e 16 de agosto, esse concurso é para quem já vem estudando todas as matérias faz tempo e promete ser uma carnificina a disputa por essas vagas.

Minha opinião - Esse é um concurso para quem já estava esperando por ele estudando feito um cachorro raivoso, ou então já vem estudando para algum concurso muito semelhante, como de AFRF. Partir do zero para estudar para esse concurso nessa altura do campeonato é certeza de derrota feia, sendo mais produtivo gastar o tempo para fazer uma excelente revisão de Direito Constitucional e Direito Administrativo nos mínimos detalhes.

MPOG

Já essa notícia vi publicada no caderno de concursos do site do Correio Braziliense, “O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) lançou, nesta segunda-feira (22/6), o edital de abertura do concurso que oferece 100 oportunidades para especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. A seleção é organizada pela Esaf e oferece remuneração de R$ 10.905,76. Os aprovados atuarão em Brasília (DF)”.

Temos aqui outro concurso muito bom, com ótima remuneração, cargo federal, exercício em Brasília. Só que nem tudo são flores. A banca é a ESAF e o edital traz uma enxurrada de matéria para estudar!

Prestei o concurso anterior para o mesmo cargo e digo por experiência própria que é osso duro de roer. Com provas marcadas para 30 de agosto, é um concurso para concurseiros muito sérios, com bagagem respeitável de estudo nas matérias previstas no edital e coragem para encarar um ritmo frenético de revisão e estudo até a data.

E tem uma coisinha, dos candidatos que prestarem a prova objetiva, apenas os 380 com melhores notas serão convocados para prestar a prova discursiva! Não é brinquedo, não.

Minha opinião - Esse é daqueles concursos que muitos concurseiros dão uma olhada no edital e pensam "dá para encarar", eu mesmo já fiz isso. Só que não é por aí, não, muito pelo contrário. As matérias são relativamente poucas, mas muito complexas e o nível de profundidade de estudo exigida nesse concurso não é brincadeira. Se você não sabe exatamente onde está se metendo ao decidir por encarar esse concurso, melhor nem tentar.

Resumo da ópera – O objetivo desse artigo é mostrar que o concurseiro sério deve analisar com cuidado os concursos que vão aparecendo a cada dia, de forma a poder encarar os que tem condições reais de vitória. Não adianta nada vencer num concurso como o do IBGE, por exemplo, se o cara nem sonha em tomar posse no cargo. Também não adianta se matar de estudar por dois meses, gastar uma grana com cursinho e material de estudo, para encarar concursos pesados como da SEFAZ e MPOG sem que o concurseiro tenha maturidade de estudo suficiente para ter chances mínimas de brigar efetivamente por uma das vagas oferecidas.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

Um bate-papo para variar

Hoje farei diferente, ao invés de um artigo nos moldes normais, vou escrever sobre assuntos variados que merecem alguma atenção e que tratam tanto de concursos quando desse blog. Acho que esse tipo de “bate-papo articulista” é bom tanto para aclarar alguns assuntos, quanto para quebrar a rotina. Vamos lá.

Novo visual do blog

Mais uma vez o visual do blog dividiu opiniões, muitos gostaram, muitos preferiam o visual antigo. É assim mesmo, a unanimidade é rara de ser alcançada, ainda mais em termos de visuais de blog, hehehe. De qualquer forma esse visual vai ficar por algum tempo, daqui a dois ou três meses mudo novamente, evitando assim que o blog fique sempre e monotonamente com a mesma cara. Hoje fiz alguns ajustes no shoutbox para facilitar a leitura, atendendo ao pedido de vários leitores.

Antigos colaboradores que escreviam para o blog

Vira e mexe algum leitor pergunta porque não são mais publicados artigos de antigo colaboradores do blog (Raquel, Flavia, Tiago, ...). Como já expliquei anteriormente, todos eles optaram deixar de escrever para o blog por conta de compromissos pessoais, profissionais e concursídicos. A Fabi vira e mexe escreve alguns artigos e sempre colabora respondendo a emails com dúvidas jurídicas enviadas pelos leitores. E é aquela história, as coisas vão se renovando. Hoje contamos com novos colaboradores, os quais um dia dará lugar para outros colaboradores. É aquela velha história de que “a fila anda”.

Análises de editais

Já me perguntaram porque não publiquei mais análises de editais de concursos públicos. Respondo apresentando meus dois motivos. Primeiro, só me sinto confortável de publicar análises de editais de concursos que vou prestar. Segundo, tempo, ou melhor, falta de tempo, já que preparar uma análise de edital é trabalhoso, algo que toma um dia todo. Vou prestar o concurso da ANAC e exatamente por conta da falta de tempo não pude fazer a análise desse edital, mas prometo fazer para o próximo concurso que for prestar.

Parcerias com outros blogs

Outra coisa que sempre recebo são emails de donos de outros blogs de concursos públicos propondo parcerias de troca de banners, para aumentar assim o tráfego de ambos. Pois bem, de vez em quando topo a idéia e sempre quebro a cara. Coloco aqui no blog o banner linkando para o parceiro e quando vou ver ou o cara não colocou nosso banner no blog dele ou coloca por algum tempo e depois o retira para dar lugar a outro sem avisar. Acho isso muita sacanagem, portanto acabo ficando puto com o assunto. Dias atrás um leitor enviou o endereço de seu blog e uma proposta de parceria, dei uma olhada rápida pelo blog e gostei do que vi, é um blog com artigos inspirado no Concurseiro Solitário. Vou ver certinho com ele, pois parece que vale uma parceria. De agora em diante será assim, parceria só com blogs com conteúdo e donos sérios que honram compromissos.

Envio de artigos para publicação

Quem quiser exercitar a redação (algo aconselhadíssimo para concurseiros sérios) e enviar um artigo para ser publicado aqui no blog, por favor, é só enviarem para o nosso email. Gosto muito de publicar artigos com experiências pessoais dos leitores, artigos contando sobre como vencer dificuldades, das próprias dificuldades que cada um enfrenta e tal, acho que isso ajuda a mostrar para outros concurseiros que vivemos o mesmo drama, que temos problemas parecidos, que lutamos na mesmíssima guerra. Animem-se, então, leitores, escrevam um bom artigo e me enviem para publicação aqui no blog, ficarei imensamente agradecido e todos os outros leitores também. Por favor, enviem seus artigos para o email do blog, que está logo abaixo do logo do homenzinho com os livros.

Comunidade do blog no Orkut

Lembro a todos que o blog tem uma comunidade no Orkut que hoje conta com mais de 600 participantes. Confesso que nos últimos tempo andei sumido de lá, melhor, só passava por lá para ver como iam as conversas, deletar algum raro tópico de venda de materiais de estudo ou similar. Só que essa semana voltei a participar mais e convido a todos para usarmos essa comunidade como um verdadeiro fórum de troca de informações concursídicas. Vou colocar um selinho no banner lateral linkando para essa comunidade, mas enquanto não faço isso o link para a comunidade é esse ... (clique aqui para visitar a comunidade) ... lembro que é preciso ter uma conta no Orkut para acessar e se juntar à comunidade.

Twitter

Não é que estou gostando dessa história de Twitter. Par quem não conhece, o Twitter é um universo de microblogs que permite apenas postagens curtas, com menos de 200 caracteres. Baixei um complemento gratuito muito interessante para o navegador Firefox chamado Twitbin (instale clicando aqui) que permite visualizar e operar o Twitter de uma barra lateral que é ativada no navegador. Criando uma conta no Twitter basta passar a ser seguidor do twitter do blog e pronto, você receberá ao longo do dia várias micropostagens. Vou começar a postar no Twitter pequenas notícias de concursos, links para artigos e sites interessantes para concurseiros, coisas assim que não tenho espaço aqui no blog para postar. Portanto, vale a pena criar uma conta no Twitter e se tornar nosso seguidor. O link do Twitter do blog está logo abaixo do nosso logo do homenzinho com os livros.

Clipes

Sorry por não estar postando clipes musicais ao final de cada artigo nos últimos dias. É que o arquivo de clipes que tinha acabou. Hoje tirarei um tempinho na hora do almoço para escolher alguns clipes legais para postar a partir de amanhã.

Resumo da ópera - Por hoje é só, pessoal, amanhã voltamos com nossa programação normal de artigos.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

Sonhos recorrentes

Quando ainda era adolescente e fazia cursinho de inglês, tive um professor muito bom que um dia nos contou o seguinte no meio de uma aula, mais ou menos com essas palavras. “Aprender qualquer coisa, seja um novo idioma ou uma nova profissão, é um processo que demanda um certo tempo de amadurecimento. Você pode se esforçar quanto quiser, mas somente poderá ter certeza de que realmente seu conhecimento amadureceu quando você começar a sonhar repetidamente com o assunto. Estudei alemão por cinco anos antes de ir passar um ano na Alemanha. Até dois meses depois da minha chegada por lá ainda pensava em português, sonhava em português. Então um dia acordei assustado no meio da noite por que tinha sonhado que minha mãe estava falando comigo em alemão ... e minha mãe não sabe falar alemão. Nesse dia tive certeza de que meu conhecimento da língua tinha amadurecido”.

É engraçado como essa historinha apresenta uma verdade cientificamente provada. Esse negócio de sonhar de forma recorrente com um novo conhecimento que se vem malhando para aprender demonstra realmente que estamos aprendendo e que o conhecimento está sendo gravado de forma definitiva em nossos cérebros. E não poderia ser diferente com o que estudamos para concursos públicos.

Vou além e digo que não só o conhecimento passa por esse processo de amadurecimento com sinalização nos sonhos, mas também a crença em nós mesmos de que podemos e vamos alcançar a vitória na guerra dos concursos públicos.

Uma pessoa que somente sonha coisas ruins em relação a concursos públicos, como ir mal em provas, perder horários de prova, não ver seu no me da lista de aprovados e por aí vai, bem, isso denota uma clara falta de segurança e de confiança em si mesmo.

Agora, uma pessoa que sonha muito mais com estar sendo vitorioso na guerra dos concursos públicos, de ver seu nome da lista de nomeados, com o dia da posse e tal, bem, essas pessoas acreditam em si mesmos e na sua vitória.

Notem que tudo isso não é nem cientificamente provado e muito menos uma verdade absoluta, mas tão somente uma observação estritamente pessoal de minha parte. Cheguei a essas conclusões observado a mim mesmo e a outros tantos concurseiros com quem tenho contato.

Não é muito difícil dizer que acreditamos em nós mesmos e em nossa capacidade de vencer da boca pra fora. O problema é acreditar nisso do fundo do coração, de corpo e alma, essa crença, sim, não pode de forma alguma ser fingida, ou se acredita ou não se acredita e ponto final.

A mente humana é uma coisa estranha, muito estranha. Alguém pode passar anos fazendo alguma coisa, seja estudando ou trabalhando em algo, fazendo um trabalho até que decente, mas sem nunca acreditar realmente no que faz, sem nunca se dedicar 100%. Só que fazer isso é fraudar, sabotar a si mesmo, pois no final das contas, o resultado será sempre negativo e a sensação de tempo e esforços despendidos a toa terá mais peso que qualquer recompensa menor que se alcance.

Resumo da ópera – Acreditar em si mesmo e no próprio sucesso é um processo que deve ser trabalhado dia-a-dia, com paciência, persistência e humildade. Claro que não é um processo fácil de conduzir, muito pelo contrário, mas seus resultados são garantidos, tanto em sonho quanto na realidade.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

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N O V I D A D E S

Amigos leitores do blog, hoje trago para vocês duas novidades. A primeira é claramente visível, um novo visual. Como tinha muita gente encanada com o sofá vermelho do visual anterior, resolvi criar um visual mais elegante e discreto para blog, o que facilita a leitura dos artigos. Em segundo lugar, também criei um Twitter para o blog. Sinceramente ainda não sei usar direito esse Twitter, mas vou pegar o jeito, o link está logo abaixo do novo logo do blog.

Por favor, postem suas opiniões e comentários sobre as novidades no shoutbox.

Enjoy!

Olá caros amigos concurseiros. Mais uma vez gostaria de falar de um tema que é muito comum em nosso meio: o tempo!

Não foram poucas as vezes que ouvi reclamações do tipo: “Ah! Perdi tempo estudando pra esse concurso! Não fiquei nem entre os classificados!”, ou “Nossa! Estudei todas aquelas leis malucas, regimentos internos, Leis Orgânicas do Município para nada!”.

É amigos, acredito, sem dúvida, que aqueles que estão na estrada há muito tempo ou mesmo aqueles que estão começando já ouviram algo parecido.

Pois bem, digo a vocês que nem tudo está perdido! Você não perdeu tempo. Ao contrário, ganhou experiência.

Parece simples o que digo não? Alguém pode achar que se a vida fosse tão fácil assim, passar em concurso atualmente não seria tão difícil como a gente sabe que é. Mas às vezes nos detemos em coisas que, na verdade, não são importantes.

É claro! A vida não é um mar de rosas, e provavelmente nunca será, nem mesmo depois que você tomar posse. Todavia, não pense no tempo perdido estudando para concursos que você não foi aprovado. O chamado bloco de matérias concurseiras, ou seja, constitucional, administrativo, matemática, raciocínio lógico e português, matérias que são figurinhas repetidas em praticamente todos os concursos, você estará revendo e, conseqüentemente, assentando cada vez mais em sua memória.

Quanto ao bloco de matérias específicas, uso a palavra em inglês que é o título desse artigo: Enjoy! Ou seja, aproveite amigo(a)!

Aproveite a jornada! A vida é muito curta para ficarmos nos lamuriando em razão de algum concurso que não passamos! Aproveite o conhecimento obtido! Aproveite o doce sentimento de simplesmente aprender algo novo a cada dia.

Quanto ao mais, você pode perceber que os Regimentos, Leis Orgânicas, Leis Especiais elas seguem um padrão. Depois de um tempo, o seu cérebro estará tão acostumado a visualizar essa forma de leitura que facilitará o estudo e a memorização. Experiência própria!

Resumo da ópera - Se desesperar em razão de ainda não ter passado não leva a nada. Atualmente, devemos esquecer o fator “tempo” e colocarmos em prática a palavra “Enjoy”, “Aproveite”. A situação de muitos não é fácil! Família, filhos, trabalho, necessidades de variadas espécies deixam a caminhada um pouco mais difícil. Mas quem disse a você que seria fácil? Aproveite a jornada!

Jerry Lima, um concurseiro que está aproveitando o caminho!

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Estatutário ou celetista, that´s the question

Ontem foi postado no shoutbox do blog pelo concurseiro leitor Waldir:

Seria legal publicar um artigo sobre concursos de CLT, em que uns desdenham e outros adoram, especialmente pelo FGTS.

Putz, agora você me apertou sem abraçar, rapaz, como costumam dizer por aqui, hehehehe. Sinceramente não sabia nem dessa rixa entre os que desdenham e os que adoram concursos públicos para cargos seletistas, nem sei mais das diferenças entre as vantagens e desvantagens entre celestistas e estatutários que o quê estudamos em Direito Administrativo. Eu sei, eu sei, feio eu não saber de nada disso, shame on me.

De vez em quando acho que alguns concurseiros perdem tempo demais com rixas tolas ... é um tal de estatutários versus celetistas ... tempo integral versus trabalhar e estudar ... autor fulanos versus autor ciclano ... ESAF versus Cespe ... Coríntians versus Palmeiras ... afff ... vai entender.

Em minha jornada como concurseiro, ainda não prestei nenhum concurso para cargo celetista pela simples razão de que ainda não encontrei concurso para cargo do tipo que me enchesse os olhos. E, sinceramente, não teria problemas em prestar concurso para cargos celetistas.

Penso que a única desvantagens que consideraria para os cargos celetistas frente aos cargos estatutários, seria uma crença estritamente pessoal de que quando houver alguma flexibilização da relação de trabalho no serviço público (a tendência para o futuro é essa, mas acho que bem para o futuro mesmo), os celetistas serão o primeiro a sentir as novas regras, visto que seu regime jurídico está mais próximo da realidade jurídica dos trabalhadores da iniciativa privada.

Acho que a questão não é tão complexa ou simples quanto aparenta, porque entendo que “para cada cabeça, uma sentença”, ou seja, para cada concurseiro há uma solução ótima. Se você quer ser servidor público celetista, ótimo, se você quer ser servidor público estatutário, ótimo, se você não se importa com o regime jurídico desde que seja servidor público, bom também. Acho que o mais importante é analisar com cuidado cada cargo, sua descrição, vantagens, desvantagens, antes de decidir por prestar ou não um concurso público.

Muita gente diz que “cargo público é para a vida toda”. Isso dá até a impressão que depois que foi empossado num certo cargo público, a pessoa terá de ocupá-lo “até que a morte os separe”. Não, não é assim que funciona. O concurseiro que se tornar servidor público e não gostar do cargo, pode, tranqüilamente, retomar os estudos, passar em outro concurso e mudar de cargo, simples assim, sem dor ou sofrimento.

Resumo da ópera – O que eu quero é ser empossado em um belo cargo público, não importa se celetista ou estatutário ... e você?

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Olha a entresafra, gente!

Uma leitora do blog postou no shoutbox uma pergunta muito pertinente para os concurseiros sérios, “o que fazer na entre safra dos concursos?”.

Entresafra, o período entre duas épocas produtivas, que aplicado à vida de um concurseiro sério se refere àquele período após se prestar um concurso em que não há outro concurso de seu interesse à vista.

Hummm ... “o período entre duas épocas produtivas” ... falando assim dá a impressão que a entresafra de concursos é uma época de baixa produtividade, até de produtividade nula, não? Só que a história não é bem assim, na verdade está longe disso.

Concurso público parece vida sentimental de mulher ou homem bonito, a fila anda rápido. É muito difícil uma entresafra duas mais que três meses. Então, de cara, já digo que não é preciso se desesperar quando você tiver de encarar uma entresafra. Basta ter sempre em mente que concursos públicos dos bons proliferam e que logo, logo será publicado o edital de um deles que te agrade, te encha os olhos.

Agora, o que fazer efetivamente numa entresafra? Ora, bolas, continue estudando. Simples assim. Entresafras são ótimas para fazer aquela boa e velha revisão geral e aprofundada de algumas matérias-coringa, que sempre são cobradas em praticamente qualquer bom concurso público, como Língua Portuguesa, Direito Administrativo e Direito Constitucional.

É aquela velha história, o concurseiro que domina essas três matérias tem uma grande, uma enorme vantagem competitiva frente aos outros concurseiros que ainda “apanham” delas. E para fazer essas revisão “top” sugiro apenas três materiais de estudo:

- Curso Regular de Português da Cláudia Koslowisk do Ponto dos Concursos (www.pontodosconcursos.com.br);

- Direito Constitucional Descomplicado do Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Editora Método);

- Direito Administrativo Descomplicado do Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Editora Método).

Mas quando falo em revisão geral e aprofundada, falo em revisão geral e aprofundada mesmo. É estudar página por página desse material com 110% de atenção, montar um bom resumo detalhado e, finalmente, fazer muito, mas muitos exercícios mesmo.

Resumo da ópera – Entresafra de concursos existe, isso é fato, mas é um período de estudo como qualquer outro, só que sem edital de matérias para seguir. Estude as matérias básicas com seriedade, saia na frente para o próximo concurso e seja feliz no dia da sua posse em um belo cargo público. Ou estou errado?

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Dinheiro na mão é vendaval, é vendaval ...

Minha posição no artigo de segunda-feira, quanto ao concurso público do Ministério da Justiça, de que a remuneração oferecida é baixa considerando o alto custo de vida de Brasília, local de exercício do cargo, e que, por isso, é um “contra” quando se considera prestar ou não tal concurso, foi bastante discutida. Vários leitores concordaram comigo, vários outros leitores discordaram de mim. Por isso acho que o assunto merece uma análise um pouco mais aprofundada.

Então o assunto de hoje é o lado financeiro dos concursos públicos, ou seja, a questão do valor da remuneração oferecida. Assunto esse de muito interesse de 90% dos concurseiros, porque acredito que uma pequena parte ainda presta concursos por gosto pelo cargo ou outros motivos que os levam a considerar o valor da remuneração de menor importância.

Para facilitar a vida, trabalhemos com esse concurso do Ministério da Justiça de Brasília, que oferece remuneração média de R$2.500,00, aproximadamente. Notem que todas as considerações que farei servem para qualquer outro concurso público.

É possível pagar as contas em Brasília com R$2.500,00? Claro que é, isso é fato. Há famílias que se viram com certo nível de dignidade com menos que isso. Mas acho que a questão não deve ir por aí, visto que viver é bem diferente de sobreviver. Vejamos. Em minha concepção, “viver” com certa remuneração é ganhar o suficiente para se morar em um local relativamente bem localizado, ter uma casa bonitinha, arrumadinha, poder bancar um automóvel, ter um nível de consumo de classe média. Agora, “sobreviver” é passar o mês com a grana contada, morar longe, ralar para pagar o carnê dos móveis populares das Casas Bahia, nem poder pensar em ter um automóvel com menos de uma década de uso, ter baixo poder de consumo.

Na boa, gente, não estou ralando feito um condenado, estudando de segunda a segunda, sem poder consumir, viajar, me divertir, vivendo 110% do tempo para os estudos para me satisfazer com um cargo público ofereça uma remuneração que me permita apenas sobreviver, de jeito nenhum. Estou abrindo mão de meu consumo presente para poder consumir mais e melhor no futuro, se não fosse isso não seria concurseiro.

Brasília é uma cidade cara, a mais cara do país, isso é fato. Já fui para lá meia dúzia de vezes, como concurseiro e como profissional da minha área, e sei que a cidade é cara. Viver em Brasília sem ter um automóvel decente, viver numa região mais ou menos bem localizada e sem ter uma sobra de grana mensal para poder gastar com conforto, é sobreviver no esquema “da casa para o trabalho e do trabalho para casa”. Já vivi esse tipo de vida quando ainda fazia faculdade em São Paulo e tinha de pagar minhas próprias contas com a graninha que ganhava como estagiário e trainee, algo que não é nada agradável. É muito frustrante trabalhar sabendo que o que você ganha não dá para fazer nada mais que pagar as contas e olha lá.

Para quem já mora em Brasília, principalmente se ainda mora com os pais, R$2.500,00 é uma boa remuneração, afinal de contas não se terá de gastar com aluguel, alimentação e tal, então o que vier é lucro. Tenho amigos nessa situação, em Brasília, em São Paulo, e os caras estão bem. Agora, se o cara tem de se mudar para a cidade para assumir o cargo, tem de montar casa (móveis são caríssimos, por mais vagabundos que sejam), tem de bancar aluguel, energia elétrica, condomínio e tal, bem, perguntei para alguém que banca tudo isso se R$2.500,00 é muito dinheiro.

Resumo da Ópera - Claro que cada um tem um nível de consumo diferente. O nível de consumo e padrão de vida que pretendo ter quando empossado pode parecer luxuoso para alguns, humilde para outros. Mas essa é uma daquelas questões que o que realmente importa é o que você quer, não o que as outras pessoas acham. Se você fizer as contas e achar que ganhando por volta de R$2.500,00 poderá viver legal em Brasília, ótimo, legal para você. Agora, se você fizer as contas e achar que não rola se mudar para lá por essa remuneração, bom também. O que não dá é para se iludir achando que a remuneração X será suficiente para viver no lugar Y com o padrão de vida Z sem fazer nenhuma conta séria, o resultado será um belo “quebrei a cara”, o que é caro, frustrante, decepcionante e muito desanimador. Então, cuidado com o que você deseja!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

Sobre prestar duas provas no mesmo dia

Essa semana termina o prazo de inscrições para o concurso público da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que oferece um bom número de vagas tanto para cargos de nível médio quanto de nível superior. A banca responsável por esse concurso é a CESPE, que já divulgou que as provas para os diferentes níveis de escolaridade serão realizadas em turnos diferentes (manhã e tarde).

Ainda são muitos os concurseiros interessados em prestar esse concurso que têm uma dúvida pairando em suas mentes. “Provas em turnos diferentes ... dá para fazer ... mas e se local de prova muito distante?”.

Hummm, dúvida bastante pertinente diante da possibilidade, mas não mais pertinente que outras questões. No artigo de hoje vamos conversar um pouco sobre isso, sobre a possibilidade de prestar prova para cargos diferentes em um mesmo concurso quando são realizadas provas em turnos distintos.

Para não prolongar demais esse artigo, tocarei nas três questões relativas a esse assunto que considero as mais importantes.

1 – Dar conta de estudar toda a matéria

A primeira questão que deve passar pela cabeça do concurseiro que cogita prestar provas para dois cargos no mesmo dia (seja no mesmo concurso ou até concursos diferentes) é o volume dobrado de matéria que terá de estudar. Considerando que muitos concurseiros prestam prova para apenas um cargo, quem prestar para dois cargos (ou concursos) terá de estudar o dobro.

Quando ainda não se pagou as taxas de inscrição e se “arregaçou as mangas” para começar a estudar, o volume duplo de matéria não parece tão assustador ou impossível de lidar. Para falar a verdade, nem nas primeiras semanas de estudo o bicho pega. A coisa fica feia é quando o concurseiro saca que falta apenas um mês para as provas e que ainda falta muita, mas muita coisa para ser estudada e revista.

Acredito que a regra de ouro para se decidir em prestar duas provas no mesmo dia deve ser a coincidência de pelo menos 80% dos programas de ambos os cargos. Ou seja, se a matéria a ser estudada para ambos os cargos for pelo menos 80% igual, pode-se começar a analisar seriamente a possibilidade de encarar o desafio. Isso porque daí não se terá de estudar o dobro de matéria, mas apenas 120% de matéria ... os 80% comuns + 20% específico de um cargo + 20% específico do outro cargo. E não pense que 20% a mais de matéria para estudar é pouca coisa, visto que, geralmente, esse “a mais” é composto de matérias exóticas que você nunca estudou e que não serão fáceis entender e memorizar.

2 – A necessidade de lidar com o estresse e cansaço maiores

Se estudar para brigar por um cargo apenas já é estressante e cansativo, para dois, então, é rabo de foguete. “Mas para estudar apenas 20% a mais de matéria?!” deve estar pensando alguns leitores. Podem ter certeza de que até 5% a mais de matéria pesa e muito na carga de estudos.

Lidar com o estresse de ter de lidar com tantas matérias, com pouco tempo disponível para estudo, com a necessidade de ser manter uma disciplina férrea, bem, tudo isso consome o concurseiro e torna a jornada mais dura e difícil. Claro que algumas pessoas lidam melhor com o estresse que outras, mas todas experimentam o danado em algum grau e podem ter certeza que se for para prestar duas provas no mesmo dia, o estresse é um pouco maior que duplo.

Agora, lidar com o cansaço é um pouco mais complicado. Estudar é cansativo, isso é fato. Tanto é cansativo que vários autores, professores de cursinho, psicólogos e tal, não se cansam de repetir que dormir bem por um período suficiente não é apenas necessário, mas imprescindível para o concurseiro sério. Estudar para provas de dois cargos no mesmo dia é muito mais cansativo, pois o volume de matérias a serem estudadas e/ou revisadas é sensivelmente maior que quando estudamos para apenas um concurso e isso deve ser levado em consideração.

3 – O perigo de locais de prova distantes

Está aqui um ponto que muitos concurseiros não levam em consideração quando decidem prestar provas para dois cargos/concursos diferentes no mesmo dia e muitos acabam se ferrando.

Imaginem um concurseiro que prestará prova em uma capital, qualquer uma, que dependa de transporte público (ônibus, metrô, trem, táxi, ...), descobrindo que seus locais de prova são em lados opostos da cidade e que, para piorar, a prova da manhã termine às 12 horas e a da tarde comece às 13 horas. Gente, sejamos honestos, o cara está ferrado de verde, amarelo, azul e branco!

O concurseiro que opta por prestar duas provas no mesmo dia deve levar em consideração a possibilidade de, simplesmente, ter de escolher dar mais atenção para uma das provas que para outra, até mesmo ter de escolher prestar apenas uma delas. Se esse nosso amigo do parágrafo anterior for prestar prova em São Paulo, por exemplo, e tiver de fazer prova pela manhã numa escolha de Itaquera e duas horas depois numa escola lá nos cafundós da Avenida Santo Amaro, num dia de chuva ... com greve do Metrô ... bem, esse concurseiro está ferradíssimo e, com 99% de certeza, deverá escolher entre fazer uma prova ou outra.

Resumo da ópera – É, gente, não é refresco, não. Tudo na vida do concurseiro sério deve ser muito bem analisado, planejado, pensado, ruminado. Qualquer decisão é muito importante e escolhas erradas cobram um alto preço no futuro próximo.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Concurso do Ministério da Justiça ... vale a pena?

Foi publicado na semana passada o edital para um novo concurso do Ministério da Justiça, que desde então vem levantando muita poeira e criando muito zumzumzum entre os concurseiros. Respondendo a uma meia dúzia de leitores do blog quanto a esse concurso, preparei esse artigo sobre o assunto.

Comecemos fazendo uma avaliação rápida dos prós e contras desse concurso.

PRÓS

- É um concurso federal e todo concurseiro sério sabe quem os cargos federais são os melhores em termos de remuneração, número de vagas oferecidas e tal.

- Esse concurso oferece de cara 450 vagas, é muita vaga, com a possibilidade (quase certa) de chamarem mais que isso até o fim da validade do concurso.

- Há cargos destinados tanto para concurseiros apenas com nível médio quanto para diversas especialidades de nível superior.

- O valor da inscrição é mais do que razoável, R$48,00 para nível médio e R$63,00 para nível superior.

- Será possível prestar prova para um cargo de nível superior e para o cargo de nível médio, visto que as provas serão realizadas em turnos diferentes.

- Não serão cobradas em prova as matérias de Matemática, Raciocínio Lógico ou língua estrangeira, o que já é um alívio para muitos concurseiros.

CONTRAS

- A banca responsável por esse concurso será uma tal de FUNRIO, da qual nunca ouvi falar. Segundo o edital trata-se da “Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Assistência à Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e ao Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – FUNRIO” ... só não sei o que tem a ver uma “Escola de Medicina e Cirurgia” com concursos públicos para o Judiciário ... se pelo menos fosse para o Ministério da Saúde, vá lá.

- Todas as vagas serão para exercício em Brasília, cidade conhecida pelo alto custo de vida.

- A remuneração não é lá muito animadora, ainda se considerarmos o item anterior, entre R$2.000,00 e R$2.700,00.

- Além da prova objetiva (fechada), haverá também redação, o que é um problema para muitos concurseiros.

- A nota de corte será alta, visto que o número de redações a serem corrigidas nesse certame é bastantes limitado, principalmente para os cargos de nível superior.

- As provas serão realizadas apenas em algumas capitais das regiões Norte (Manaus e Belém), Nordeste (Salvador, Fortaleza e Recife), Centro-Oeste (Brasília e Goiânia) e Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) e Sul (Curitiba e Porto Alegre), o que significará deslocamento maior para muitos candidatos.

- Apesar de poucas matérias, o volume de matéria para estudar é bastante amplo e considerando que há apenas por volta de dois meses e meio para estudar tudo, bem, não será refresco se preparar decentemente para esse concurso, não.

Resumo da ópera – Eu, particularmente, não prestarei esse concurso. Primeiro porque já estou me preparando para a prova da ANAC, que será dia 19 de Julho. Segundo porque nem cogito me mudar para Brasília para assumir um cargo com remuneração inferior a R$5 mil, considerando o alto custo de vida da cidade. Mas é aquela velha história, “para cada cabeça, uma sentença”. Se você pesar os prós e os contras e decidir que esse concurso é para você, comece a estudar hoje mesmo, mas estude muito seriamente, porque esse concurso será disputadíssimo.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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CUIDADO com as tais apostilas ... tô avisando


Ontem encontrei um amigo concurseiro que resolveu prestar o concurso do TCU para o cargo de Técnico de Controle Externo. Só que em meio a grande dificuldade de encontrar material para estudar vários tópicos de Controle Externo, matéria específica desse concurso, acabou apelando para uma apostilona daquelas com todas as matérias para o cargo publicada por uma grande editora conhecida dos concurseiros e tradicional no ramo de apostilas.

Dei uma olhada na tal da apostila já esperando que as impressões que sempre tive quanto a esse tipo de apostila se repetissem e foi batata, pelo menos 80% da apostilona de mais de 500 páginas era coberta por gramática portuguesa, lei seca e exercícios de concursos passados. De doutrina mesmo ou textos explicativos havia muito pouca coisa.

Curioso lá fui eu dar uma olhada nos capítulos da apostila referentes às matérias específicas de Controle Externo. Nenhuma surpresa. O que encontrei foi longas passagens da Constituição, Lei Orgânica e Regimento Interno do TCU, praticamente só isso.

Tudo bem que a apostila não custou muito caro, R$80,00 + R$20 de correio, mas, sinceramente, não acho que o material oferecido não valha nem metade desse valor. Putz, toda aquela “lei seca” contida na tal apostila pode ser encontrada gratuitamente na Internet e o pouco de textos explicativos incluídos idem.

Comentando o assunto com esse amigo, disse que o que mais me preocuparia se fosse estudar com tal material seria a atualização e correção da “lei seca” incluída. Digo isso porque, simplesmente, não confio muito nessas editoras que lançam apostilas uma semana depois do edital de um concurso ser publicado. É muito pouco tempo para se juntar, formatar, revisar, imprimir e distribuir um volume tão grande de material mantendo-se 100% de qualidade. Ainda mais pelo preço cobrado por cada apostila, não acredito que nenhuma editora tenha uma grande equipe comprometida o suficiente para fazer isso com a qualidade devida.

Notem que com livros a coisa é diferente. Um livro de Direito Constitucional, por exemplo, não precisa ser lançado na correria assim que o edital de um concurso é publicado. Logo é possível fazer revisões cuidadosas de conteúdo e correção gramatical, tudo é mais cuidadoso. Em vista disso, uma mesma editora pode publicar livros excelentes e apostilas “meia boca”.

Resumo da ópera - Esse amigo reclamava que tinha gastando R$100,00 à toa, afinal de contas, tem um material muito fraco que não vai auxiliar praticamente nada seu estudo, que ainda por cima não é lá muito confiável. Por conta disso digo e repito, pensem muito, mas muito bem mesmo, antes de comprarem uma apostilona dessas com todas as matérias de um concurso. Vou além e digo que concurseiro sério nem pensa em usar tal material de estudo mesmo que o ganhasse, quem diria comprando.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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Trocar experiências, reclamar da vida, apenas conversar

Quando incluí no blog um shoutbox, fiz apenas com a intenção de oferecer aos leitores do blog uma ferramenta mais prática e fácil de usar para que pudessem comentar os artigos postados aqui. E no começo foi para isso mesmo que ela serviu, o que já me deixou satisfeito.

Para minha surpresa, bastante agradável diga-se de passagem, assisti como rapidamente essa ferramenta vem evoluindo e se tornando num verdadeiro ponto de encontro de concurseiros solitários que visitam o blog e não se importam em trocar experiências, reclamar da vida, postar dúvidas, responder dúvidas, ou apenas conversar um pouco.

É interessante como desde que comecei a estudar para concursos públicos há dois anos, as coisas têm mudado.

Foi exatamente o isolamento mantido pelos concurseiros que me levou a criar esse blog. Em meus primeiros meses de estudo espantei-me em como os concurseiros eram reticentes em trocar informações, em manter contato virtual, em tirar dúvidas. Todos pareciam fazer questão de serem ilhas em um mar de isolamento.

Mas como disse, as coisas vêm mudando. Hoje há muito mais interação entre os concurseiros, muito mais companheirismo. E fico muito feliz de pensar que esse humilde blog tem sua parcela de contribuição nessa importante mudança de mentalidade, por menor que seja.

Desde sempre acreditei em compartilhar informação. Concordo em número, gênero e grau de que informação é poder, mas discordo que o sigilo garanta esse poder, muito pelo contrário. Informação tende a ser falha, isso é fato. Se nos isolamos em nosso mundinho “informativo”, estamos sujeitos a tomar decisões erradas por conta de informações incompletas e/ou incorretas. Agora, trocando informações, compartilhando-as, comparando-as com as de outras pessoas, aí, sim, podemos chegar a um denominador comum muito mais poderoso e próximo da perfeição.

Informação é poder, desde que seja informação de qualidade, de boa qualidade. Não adianta nada ter uma montanha de informação de segunda categoria, meio incorreta, meio fantasiosa. Melhor ter apenas um bocado de informações de ótima qualidade, você estará muito melhor servido assim.

Como estudar para concursos públicos? Qual a melhor forma de otimizar os estudos? Como cada banca cobra as matérias em prova? Qual o caminho mais curto para a vitória? As respostas para essas perguntas não são absolutas, mas as melhores somente são obtidas quando se troca informações, se junta pedaços de informações daqui e dali, costura-se tudo com a experiência e impressões pessoas de cada um e, voilá, temos informações de ótima qualidade.

Existe um velho ditado que diz “dividir para conquistar”. Aplicado ao mundo baseado em informações que vivemos, digo com toda certeza de que esse “dividir” deve ser lido como “compartilhar”. “Compartilhar para conquistar”, sinônimo de “um por todos e todos por um” e “viemos para somar”.

Resumo da ópera – Não tenham receio de trocar informações sobre concursos públicos, seja dicas de livros ou experiências pessoas com técnicas de estudo. Nenhuma informação é tão valiosa que não mereça ser compartilhada, muito pelo contrário, quanto mais valiosa, mais importante se torna seu compartilhamento. Lembre-se sempre que a troca de informações é uma via de mão dupla, sempre que você oferece alguma informação, você recebe algo em troca, e é na diversidade de informações que reside a verdadeira sabedoria.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

Dicas para estudar Direito Eleitoral

Recentemente uma colega concurseira postou no shoutbox do blog um pedido de dicas de estudo de Direito Eleitoral. Como estudei a matéria recentemente para o concurso do TRE-MG, acho que posso orientá-la com minha experiência.

Quando me inscrevi no concurso e procurei eu mesmo por dicas de estudo da matéria, que para mim também era inédita, me deparei com algumas mensagens postadas em listas de discussão e fóruns de estudo indicando o livro “Resumo de Direito Eleitoral” de Francisco Dirceu Barros (Editora Impetus/Campus). Infelizmente na época estava com a grana curtíssima e não pude comprar o livro, então não posso dizer se o mesmo é realmente interessante para o estudo da matéria. Sugiro que quem for estudar a matéria dê uma olhada no danado em alguma livraria e leia algumas páginas antes de decidir por sua compra.

Direito Eleitoral ocupa até o momento o honorável título de “matéria jurídica mais tranqüila de estudar que encontrei até agora”, em minha humilde opinião estritamente pessoal, é claro.

Ao contrário de outros ramos do Direito, Direito Eleitoral é um ramo bastante simples e acessível para concurseiros sem formação jurídica. A linguagem utilizada no Código Eleitoral e demais dispositivos legais a ver com esse ramo jurídico é bastante acessível e a teoria envolvida é bem mais tranqüila também.

Quando estudei Direito Eleitoral estudei apenas pela “lei seca”, ou seja, pelos artigos pertinentes do Código Eleitoral, o Regimento Interno do órgão e do Regimento dos Juízos e Cartórios do Estado de Minas Gerais, todos disponibilizados gratuitamente na Internet (cuidado com a fonte, prefira as oficiais para poder ter acesso aos dispositivos devidamente atualizados).

O Código Eleitoral tem apenas uma coisa chatinha, há referências para diversas outros dispositivos legais, que devem ser considerados no estudo. Nada que um pouco de paciência e muita atenção não resolvam. Os outros dois dispositivos, específicos do concurso que prestei, não são diferentes dos outros regimentos de órgãos públicos que existem, muito sintético e direto, sem complicação.

Minhas dicas de estudo usando “lei seca” são as seguintes:

1 – Faça uma primeira leitura dos dispositivos com bastante atenção, grifando os termos que não entender. Faça então uma segunda leitura tendo à mão um dicionário, então consulte o significado de tais termos, anotando sobre eles seu significado. O mesmo vale para conceitos e definições.

2 – Agora que você já se familiarizou com a “lei seca” eleitoral e não tem mais dúvidas quanto ao significado de termos, conceitos e definições, é hora de fazer um novo estudo, dessa vez atento às referências a outros dispositivos legais. Eu costumo jogar a “lei seca” no Word e então incluir essas referências abaixo dos artigos que se referem a eles usando a régua e mudando a cor da fonte para destacá-los do texto.

3 – Finalmente é hora de fazer um bom resumo esquemático da matéria. Estude novamente tudo com muito cuidado, resumindo e fazendo esquemas em um bloco de papel. Esse resumo deve ser bem completo e mastigado, de forma a ser estudado semanalmente.

4 – NÃO abandone o estudo da “lei seca” e fique estudando apenas pelo seu resumo. Nada disso. Continue estudando exaustivamente pela “lei seca” e apenas estude exclusivamente pelo seu resumo uma vez por semana, visto que é preciso decorar muita coisa que estará apenas na “lei seca”.

Resumo da ópera – Não achei difícil estudar Direito Eleitoral. Tive um pouco mais de dificuldade para memorizar tantos prazos, mas no mais foi bem tranqüilo. Com disciplina, paciência e carinho é possível estudar muito bem a matéria e ir muito bem na prova.

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

IMPORTANTE - Os textos publicados nesse blog são de inteira responsabilidade dos seus autores em termos de opiniões expressadas. Além disso, como não contamos com um revisor(a) de textos, também a correção gramatical e ortográfica é de inteira responsabilidade dos mesmos.

Material de estudo de graça

Material de estudos para concursos públicos de boa qualidade é caro, isso é fato. Claro que existem materiais para todos os bolsos, desde aquelas apostilas vagabundas cheias de erros que não custam mais que um combo de lanche no McDonalds até um belo e atualizado Vade Mecum que pesa no bolso da maioria dos concurseiros.

É fato também que (in)felizmente há uma relação direta entre o preço do material e sua qualidade didática, salvo exceções. Em geral livros e cursinhos mais caros são também os melhores. O problema é que por serem caros estão fora do alcance de muitos concurseiros muito sérios que mereciam estudar pelo melhor material.

Mas vocês sabiam que há muito material de estudo de boa qualidade disponível para os concurseiros sérios que saibam onde procurar? E não estou falando de material pirateado, muitos de qualidade também duvidosa, mas de materiais oferecidos gratuitamente de forma legal. Vejamos alguns exemplos.

INTERNET

Já vi muitos concurseiros gastarem uma graninha razoável comprando livros e apostilas que traziam nada além de exercícios cobrados em provas de concurso passadas e leis secas.

Se você ainda não sabe, então fique sabendo que ambos são disponibilizados gratuitamente na Internet.

As provas anteriores com gabaritos oficiais de quaisquer concursos públicos podem ser encontrados nos sites das bancas de concursos (www.esaf.fazenda.gov.br, www.cespe.unb.br, www.fcc.org.br, ...) ou então no famoso http://www.pciconcursos.com.br

Quanto às leis secas, saiba que todas as leis são disponibilizadas gratuitamente em suas versões atualizadíssimas no site do Palácio do Planalto. Como encontrar uma lei específica por lá? Darei o caminho das pedras. Procure no Google (www.google.com) pelo número da lei, exemplo “8.666” para a Lei 8.666/93 que trata das Licitações e Contratos da Administração Pública. Lembre se sempre incluir o ponto indicando milhar (não entre com 8666, mas com 8.666). Então entre os resultados apresentados escolha o que origina do site do Planalto (no nosso exemplo seria o www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm). Importante, na página que você irá acessar, note no canto superior da tela alguns links em azul, clique no “Texto Compilado”, que o levará para a versão atualizada e “limpa” da lei, sem os dispositivos originais entre os alterados, o que torna o texto mais fácil de ler e estudar.

MATERIAL IMPRESSO

Você se lembra daquele rolo recente do escândalo das passagens aéreas no Congresso Nacional? Então, essa verba para passagens aéreas faz parte de um conjunto de verbas recebidas por senadores e deputados (também por deputados estaduais) para bancar correio, gastos diversos, blá blá blá. Certo, então guarde isso na memória.

Você sabia que há gráficas oficiais no Senado, na Câmara dos Deputados e em todas as Assembléias de Deputados Estaduais? E que essas gráficas produzem, entre outras coisas, Constituições Federais e Livros diversos que tenham haver com assuntos legais e de administração pública?

Agora junte as duas coisas acima, o que você terá? Simples, Constituições Federais atualizadas e de ótima qualidade de graça, títulos diversos interessantes para o estudo para concursos públicos também de graça. Como fazer para ganhar tudo isso? Simples, entre nos sites dessas gráficas, da biblioteca dessas casas legislativas, enfim, deixe a preguiça de lado e pesquise um pouco para encontrar os títulos oferecidos. Então liste tudo o que você quer e mande emails para algumas dúzias de deputados e senadores explicando que você é concurseiro, que não tem grana para comprar material, e peça os títulos em questão, deixando claro que eles são publicados pelas gráficas das casas e que são disponibilizados gratuitamente para os nobres deputados e senadores.

Há também diversas autarquias e fundações públicas, ONGs, entidades de pesquisa, que oferecerem diversos títulos interessantes para auxiliar nos estudos para concursos públicos absolutamente de graça, bastando aos interessados apenas enviar um email solicitando o material (indicando no email o endereço para envio, claro).

Serei bonzinho e darei para você uma dica muito legal. Orçamento Público é matéria comum em muitos concursos públicos e já vi livros e apostilas complicarem o assunto de forma absurda. Pois bem, o INESC (Instituto de Estudos Socioeconômicos) publicou uma cartilha que explica o assunto de forma muito clara e didática, que com o apoio da Ford Foundation foi publicado em papel de ótima qualidade, todo colorido e ilustrado. Foi com esse material que aprendi o basicão da matéria e o utilizo sempre para revisar Orçamento Público. Você pode conseguir seu exemplar acessando o site da instituição (http://www.inesc.org.br) e acessando na base da página o link “contato”, Preencha seu formulário com seu nome, email, no campo do assunto coloque algo como “cartilha sobre orçamento público” e no campo do assunto diga que você gostaria de receber um exemplar da cartilha entitulada “O Orçamento Público a seu alcance”, explique que você é concurseiro e que esse material será de grande ajuda para seu estudo do assunto, que é cobrado em diversos concursos públicos, e não esqueça de incluir seu endereço para envio da cartilha. Pronto, em alguns dias você receberá sua cartilha pelo correio sem custos, um material de estudo de ótima qualidade que custaria pelo menos R$30,00 em uma livraria de concursos.

Resumo da ópera – Claro que é possível estudar para concursos públicos com qualidade sem precisar gastar uma fortuna com material de estudo. Se é possível utilizar material de estudo de ótima qualidade disponibilizado legal e gratuitamente, por que não fazer?!

Charles Dias é o Concurseiro Solitário.

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