Enquanto isso, durante as horas vagas de descanso ...

Você sabe que é um concurseiro sério se quando não está estudando fica preocupado de que deveria estar estudando, se fica encucado de que está vagabundando, jogando tempo fora, ou seja, não fica em paz durante as horas livres de descanso de que dispõe.

Antes de tudo, isso é natural, porém, como tudo na vida, tem um lado bom e um lado ruim.

O lado bom é que isso mostra que você está realmente sintonizado em se preparar para as provas e que está na guerra dos concursos públicos para ganhar. O lado ruim é que todo ser humano precisa de um pouco de descanso mental e que essa preocupação mata qualquer chance de descansar com qualidade.

Mas como lidar com essa questão da culpa?

A resposta para essa pergunta é simples. Basta otimizar o uso do seu tempo livre de descanso de forma a alavancar suas horas de estudo. É isso que eu e muitos outros concurseiros fazem e tem dado muito certo.

Não tem coisa pior quando estamos estudando do que interrupções. Quando somos interrompidos por alguma coisa perdemos o ritmo de estudo. Quando nos livramos do motivo da interrupção demora um pouco até pegar novamente “o fio da meada” e o ritmo. Nisso já comprometemos tempo precioso. O pior é que 80% das interrupções são causadas por coisas bestas, como quando nos lembrarmos de fazer alguma coisa, fazer uma ligação, enviar um email, pegar um livro que precisamos para estudar e não achamos, colocar grafite da lapiseira, ...

Agora pense bem. De um lado o concurseiro tem o problema das interrupções nos horários de estudo. De outro lado tem as horas livres de descanso. Porque então não utilizar parte deste para minimizar aquele? Será que é tão difícil assim usarmos um pouco do tempo livre para fazer coisas menores que costumam nos interromper quando estamos estudando. Claro que não. É exatamente isso que é otimizar o uso do tempo e alavancar as horas de estudo.

Assim aproveite seu tempo livre para fazer tudo o que possa interrompê-lo quando estiver estudando. Envie seus emails, faça suas ligações telefônicas, separe seu material de estudo do dia, coloque grafite nas suas lapiseiras e tudo o mais. Fazendo isso você eliminará, no mínimo, 70% das interrupções durante o horário de estudo. Ótimo, não?

Outra coisa que deve ser feita nas horas livres de descanso é unir o útil ao agradável. Atualidades é matéria comum em concursos públicos, cobrada diretamente em questões específicas e previstas no edital, ou indiretamente em questões de outras matérias. E como estudar essa matéria? Simples, se mantendo atualizado com o que acontece no Brasil e no mundo em termos de política, tecnologia, comportamento, cultura, esportes, acontecimentos. E para se manter atualizado você precisa assistir a um bom telejornal diário noturno, quando há um resumo do que aconteceu no dia, ler pelo menos dois jornais diários, que podem ser online ou em papel, dar uma olhada em um bom canal virtual de notícias (G1, Terra, Uol, IG, ...), ler uma revista semanal (Veja, Isto É, Época, ...). Tudo isso você pode fazer nas horas livres de descanso, já que não demandam concentração pesada como outras matérias.

Agora, descansar a mente é tão importante quanto estudar. E como se descansa a mente? Assistindo a um bom filme ou programa de TV, lendo um livro interessante que não tem nada a ver com concursos, praticando esportes, papeando com os amigos, brincando com o gato ou cachorro de estimação, praticando algum hobby. Quando descansamos a mente a preparamos para receber novas informações no próximo bloco de estudo. Mente cansada significa estudo ruim, isso é fato.

Tá aí a receita de como otimizar seu tempo livre de descanso. Aproveite-o para se livrar do que pode interrompê-lo enquanto estuda, para se manter atualizado sobre o que anda acontecendo no mundo e, claro, para descansar sua mente, afinal de contas, você não é uma máquina.

Resumo da ópera – Use suas horas livres de descanso de forma inteligente ao invés de ficar cochilando no sofá ou se remoendo que não está estudando. Isso depende somente de um pouquinho de planejamento e de boa vontade. E nada melhor do que descansar merecidamente após um dia proveitoso de estudos, tranqüilo de que você cumpriu seu dever e que está um pouquinho mais próximo da sonhada aprovação em concurso público.

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PERGUNTA DO DIA

Como você costuma gastar o tempo que tem livre? Você procura esquecer concursos? Você procurar fazer algo que seja complementar aos estudos?

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MÚSICA DO DIA





A música de hoje é um jazz moderninho do músico austríaco Parov Stelar (Marcus Füreder) com participação especial da cantora, também austríaca, Gabriella Hanninen. A música se chama "Charleston Butterfly".

COLUNA DOS LEITORES - Nunca desista de seu sonho!

Eu acalento um sonho: ser servidor público federal. Fui servidor público estadual, cargo em comissão, durante um período de cinco anos. Atualmente, sou servidor público municipal. Faz quatro anos que tento concretizá-lo. Reconheço! Não está sendo fácil.

Exerci a profissão de bancário por quatro anos. Ingressei no banco por intermédio de concurso público em 1990. Em 1988, não existia essa “febre” por concurso público. Concurso público era uma opção e não a solução, como nos dias atuais. Havia poucos concursos. As inscrições não eram feitas pela internet. As dificuldades eram imensas. Poucas informações e acesso dificultado aos editais, desse modo o nosso meio de informação era o jornal Folha Dirigida; além disso, em minha cidade, existiam poucos cursinhos preparatórios para concurso público. Eu estudava sem método nenhum, era um concurseiro iniciante. Mesmo assim, estudava cerca de 8 horas por dia. Prestei concurso para o Banco Meridional do Brasil S/A e fui o 11º colocado. Após dois anos, finalmente recebi o telegrama do banco. Graças a Deus eu tinha conseguido.

A vida nos “prega várias peças”. Estabilizado financeiramente, vida tranqüila, sem maiores ambições. Fui pego de supresa, quando chegou um fax da direção do Banco. O Presidente FHC mandou encerrar as atividades de todas as agências instaladas na região nordeste. Lembro-me como hoje: foi um desespero total. Meus colegas choravam copiosamente. Depois de tantos anos de dedicação ao banco, ser demitido dessa forma? O que será de mim? O banco me transferiu para uma agência localizada na cidade de Santo André – SP. Cidade desenvolvida, possibilidade de fazer novas amizades, desenvolvimento profissional, ótima opção! No entanto, nessa mesma época, meu pai teve problemas sérios de saúde. Estávamos passando por problemas financeiros. Tive de abdicar da transferência e aderir ao Plano de Demissão Voluntária haja vista à necessidade da indenização. Uma parte dessa indenização iria custear as despesas de estada do meu pai na cidade de São Paulo. Ele passou um ano se tratando. Graça a Deus se curou. Valeu à pena! Não me arrependo um minuto sequer da minha decisão.

Resolvi prestar vestibular para Direito. Após 6 meses de estudo fui aprovado. Deus foi muito bom comigo. No primeiro dia de aula conheci o sobrinho da futura Secretaria Estadual de Educação. Ficamos amigos. Passados alguns meses, fui convidado a fazer parte do quadro de comissionados da secretaria. Aceitei na hora! Exerci por cinco anos o cargo comissionado da Secretaria Estadual de Educação. Trabalhava os dois horários e fazia faculdade à noite. Era muito cansativo, porém consegui concluir o curso em 2004. Fui exonerado do meu cargo em comissão em abril de 2004. Resolvi estudar novamente para concurso. Não fui à procura de um novo emprego.

Em 19 de maio de 2004, foi publicado o edital do TRE/AL. Provas em 01 de agosto. Teria dois meses e 11 dias até as provas. Estudei como "um louco" para esse concurso, eram dez horas de estudo por dia, cursinho de domingo a domingo, sem direito a lazer. Estudava sem método, sem intervalos de descanso, nem disciplina, sem sequer acompanhar o conteúdo programático do edital e sem praticar nenhuma atividade física. Tudo oposto ao que recomenda o manual do bom concurseiro. Nos dias anteriores à prova eu estava muito ansioso e tenso, vislumbrava o dia da prova como se fosse um suplício, como se eu estivesse no corredor da morte e no dia seria executado. Eu estava com estresse, pois estava com fadiga, sudorese, mãos frias e úmidas, boca seca, palpitações, tensão e dor muscular e impaciência. Estava muito inseguro, apesar de ter “visto” todo o conteúdo programático do concurso.

No dia fatídico prestaria prova pela manhã (analista judiciário) e à tarde ( técnico judiciário), amanheci super nervoso, com olheiras profundas (passei a noite sem dormir). Aconteceu o esperado: "deu um branco", não conseguia me concentrar, suava frio, mãos trêmulas e adrenalina alta, o meu cérebro considerou mais importante estabilizar as minhas condições emocionais, o que estava causando o desconforto, do que se mobilizar para resgatar a informação para resolver uma questão de prova. O resultado foi péssimo. Consegui ser classificado, todavia bem distante da quantidade de vagas.

Atualmente, estou me preparando para o TRT/AL. Estou menos estressado, pois sei o que quero, sou organizado (faço quadro de horário semanal), estou atento e receptivo, observo o meu objetivo, sigo com foco. Além do mais, sou flexível para continuar mudando; se necessário faço alterações no percurso, mudo estratégias no intuito de melhorar os meus resultados. Troquei a quantidade de horas por qualidade, estudo seis horas por dia. Aos domingos não estudo, mas pratico atividade física, acesso a internet, leio revistas e jornais. Vou à missa também, pois Deus é muito importante para mim, sem a fé que nutro por Ele eu não teria forças para recomeçar.

Resumo da ópera - Ser concurseiro não é fácil. São vários problemas que nos afligem, nos causam desconforto emocional e comprometem a nossa capacidade de concentração e aprendizado. Não há objetivo inatingível. Paciência, perseverança e determinação são qualidades fundamentais em um bom concurseiro. Devemos sempre nos questionar: - Será que estou dando o melhor de mim ou tenho condições de progredir cada vez mais?

“As pessoas viajam para procurar maravilhas no topo das montanhas, nas altas ondas do mar, nos longos cursos dos rios, na vasta extensão do oceano, no movimento circular das estrelas, e passam por si mesmas sem se maravilharem” - Santo Agostinho

Alfredo Madeiro é um legítimo concurseiro alagoano que nunca desiste do seu sonho.

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Bate-papo do Concurseiro Solitário
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COLUNA DO SOLITÁRIO CONCURSEIRO - E agora?

A vida é mesmo feito de escolhas e para o concurseiro elas podem ser cruéis. Hoje vou contar uma história: começei o ano de 2008 empolgado com o esperado concurso do TST. Já tinha alguns meses que estava estudando, fiz cursinho das matérias que eu não me sentia preparado. Comprei livros, adquiri vários exercícios. Estudava, em média, 10 horas por dia. Estava muito afim e me sentia realmente preparado. O dia - 17 de fevereiro - foi ansiosamente aguardado, porém o que eu mais temia aconteceu. Eu tinha sido classificado para o TRF 3º Região e precisava fazer uma prova de digitação que já havia sido anulada uma vez por erro da banca. Quando olhei o dia da prova não acreditei, 17 de fevereiro às 17:30h em Campo Grande – MS. Ainda tentei recorrer, mandei requerimento para o TRF e para a FCC pedindo para fazer a prova no sábado e, assim, teria tempo de estar em Brasília no domingo para fazer a prova do TST. Resultado: indeferiram não só o meu requerimento como de todos e ali eu tive que tomar uma decisão. No primeiro momento pensei: putz, e agora? Gastei dinheiro e tempo para me preparar para uma prova que tinha tudo pra dar certo e, ao mesmo tempo, não poderia deixar de fazer a 2ª fase (muito mais fácil) de um concurso onde eu já tinha deixado milhares de candidatos para trás. Foram as noites mais mal dormidas da minha vida de concurseiro, mas cheguei à conclusão que eu não poderia, naquele momento, trocar o certo pelo duvidoso. Decidi, portanto, pela prova de digitação do TRF 3ª Região ao mesmo tempo em que desistia do sonho do TST, pra mim, um dos melhores lugares para se trabalhar aqui em Brasília.

Passado esse período de difícil escolha, fui ao Nordeste fazer a prova do TRF 5ª Região. Assim que voltei saiu o concurso do STF e, sem saber o resultado do TRF, meti a cara nos estudos e me dediquei muito no começo. Afinal, trabalhar na Suprema Corte do país, ainda mais na cidade onde você nasceu e viveu por toda a vida é o sonho de qualquer um. Mas ainda tinha o resultado do TRF pra sair e para a minha felicidade fui classificado, mesmo que não tão bem quanto gostaria. Ali nascia mais um problema. Teria que fazer a prova prática que corria o risco de ser no mesmo dia da prova do STF. Depois disso os meus estudos não foram mais os mesmos. Não consegui mais me concentrar e me dedicar, pois a pulga que estava em minha orelha coçava incessantemente, algo me dizia que seria no mesmo dia e eu não ia perder meu tempo mais estudando e me dedicando para uma prova que não iria fazer. A frustração seria muito grande. Dito e feito! Esta semana, recebi a cartinha com o dia e local da prova prática do TRF 5ª Região: 06/07/08 – 14:20h. Mesmo dia e mesmo horário da prova do STF. O mesmo pensamento me veio à cabeça: E agora? Dessa vez não demorei a decidir e escolhi pela prova prática. Aproveitarei o tempo (não precisa ficar estudando no hotel pra fazer prova prática neh?!) para repor as energias e me concentrar para os próximos concursos.

Resumo da ópera: Vida de concurseiro não é nada fácil. Cada concurso é uma nova escolha, um novo sonho e um novo desafio. Não sei se fiz as escolhas certas, mas procurei ser o mais sensato possível com elas. Os órgãos e bancas poderiam criar uma agenda comum para os concursos a nível federal do Executivo, Legislativo e Judiciário. Com certeza, durante o ano não temos 53 concursos desse nível. Enquanto isso não ocorre, ficamos a mercê de bancas que insistem em colocar concursos no mesmo dia, apesar de outros finais de semana estarem disponíveis. O que não pode acontecer é o concurseiro ficar pensando: E agora? Senta e chora? Não dá! O tempo passa e os concursos também. Faça as suas escolhas e tenha fé que tudo dará certo.

Tiago Gomes, um solitário e decidido concurseiro, especialmente para o Concurseiro Solitário.

Para aqueles que estão e virão para Brasília fazer a prova do STF, desejo uma boa prova! Não desejo sorte porque ela acompanha aqueles que estão preparados. Façam uma boa viagem e, se puderem, curtam um pouco a futura cidade onde irão morar. Não esqueçam de me chamar para a posse e pro churrasco! Dúvidas, críticas, sugestões e envio de materiais :-), mandem um e-mail pra: concurseiroviajante@gmail.com Abraço!

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Respondendo a algumas perguntas - Parte 1

Vou fazer a prova do STF e estou preocupada de gastar uma grana a toa. Você acha que vale a pena encarar esse concurso? Será que eu tenho chance de passar?

Concursos que exigem deslocamentos caros, como esse do STF que acontecerá em Brasília, realmente exigem uma análise cuidadosa do concurseiro quanto à relação custo-benefício. Acredito que quando se estuda com seriedade, nenhum concurso prestado é desperdício, alguma coisa se aprenderá com a experiência. Se você estudou com um mínimo de seriedade, acho, sim, que vale a pena encarar esse concurso. Quanto a você ter chances de passar, claro que você tem, todos os candidatos que estudaram tem, a questão é se essa chance será suficiente para dar conta do recado, algo que somente Deus sabe.

Existe uma lei fixando prazo mínimo de antecedência do edital do concurso em relação à prova, ou apenas o bom senso orienta publicá-lo 45 dias antes?

Acredito que você está se referendo ao prazo de 45 dias de divulgação para concursos de acordo com a Lei 8.666/93, a Lei de Licitações e Contrato. Até onde sei esse prazo não vale para editais de concursos públicos para provimentos de cargos, que é algo totalmente diferente dos concursos previstos nessa lei, pois o mesmo nome se refere à seleção de objetos diferentes. Sei que na tal Lei dos Concursos Públicos, que ainda está em votação, está previsto que “o edital deverá ser publicado com antecedência mínima de 90 dias em relação à primeira prova. Excepcionalmente, esse prazo poderá ser reduzido para até 30 dias, desde que seja devidamente justificado e em atendimento do interesse do serviço público. A alteração de qualquer dispositivo do edital precisa ser fundamentada, divulgada em veículo oficial de publicidade e em jornal de grande circulação e não pode ser feita nos 30 dias que antecedem a primeira prova”. Com funciona hoje, sinceramente não sei.

Comecei a estudar na semana passada e ainda resisto um pouco com a preguiça para estudar e só consigo estudar 4 horas apesar de sobrar mais 4 livres é normal?

Como diz um velho ditado popular mineiro, “vá com calma com o andor que o santo é de barro”. Após apenas uma semana de estudos você não pode se exigir muito, não. É preciso disciplinar seu corpo e seu cérebro para o estudo contínuo. Já postei um ou dois artigos no blog sobre esse assunto, dê uma olhadinha. A melhor estratégia é fazer o aumento gradual no tempo de estudo. Se você já estuda 4 horas diárias, na segunda semana passe a estudar 5 horas, na terceira semana passe para 6 horas e então somente passe para 7 horas duas semanas depois, mais duas semanas e passe para 8 horas. Assim você sofrerá menos com o aumento de horas de estudo e seu aproveitamento será melhor. Claro que esses prazos podem varias de acordo com a pessoa, mas basicamente é por aí.

Qual seu pecado capital? E como você para lidar com cada um deles?

Boa idéia para um artigo, semana que vem vou escrevê-lo. Aguarde.

Na resolução de exercícios, provas e simulados, você os resolve após o estudo da matéria ou deixa para resolver após alguns dias? Qual o seu procedimento?

Olha, o correto seria estudar com esse material depois de estudar a matéria, alguns dias depois e algumas semanas depois. O problema é o tempo que não é suficiente para estudar tudo de todas as formas possíveis, principalmente para quem faz concursos em seqüência. Assim, procuro deixar os exercícios, provas e simulados para a última semana de estudos, de modo a não desperdiçar essa ferramenta de estudo. Veja que não é o ideal, mas é melhor que nada.

Tá rolando um buxixo na Internet sobre o concurso da Receita. A Receita está em seus planos? O quê você acha desse concurso?

Especulações sobre concursos que estão para acontecer é o que não falta. Veja o exemplo do concurso do Senado, que desde o final do ano retrasado é assunto de especulações e até agora não saiu. Talvez saia, talvez não saia, quem vai saber com certeza? Esse concurso é muito concorrido, mas a recompensa é grande. Acho que vale muito a pena estudar seriamente para esse concurso, é uma ótima opção de carreira. Para esse ano, pelo menos, a área fiscal não está no meu foco, não.

Concurseiro, deve sair o edital do concurso de AFT no ano que vem. Esse concurso está nos seus planos? Se sim, como pretende organizar um bom plano de estudos diante de tantas disciplinas?

Olha, você está judiando de mim perguntando sobre o ano que vem, hehehehe. Sinceramente não sei que concursos farei ano que vem. Meu foco no momento é conquistar um cargo público com remuneração na faixa dos R$3 mil a R$5 mil, para só então focar num concurso com remuneração na faixa dos R$8 mil a R$10 mil. Se Deus quiser, até o final do ano já terei conquistado o primeiro e então focarei somente em concursos que se enquadrem na segunda faixa. Quanto a estudar para concursos com muitas matérias a melhore estratégia é estudar com muita antecedência ordenando as matérias por ordem de importância e complexidade.

Eu estudo para concursos apenas de nível médio e eu tenho os dois livros "descomplicados". No entanto, penso que para nível médio não há necessidade de fazer estudo tão avançado assim. Será que devo continuar estudando neles, ou usar uma apostila cujo conteúdo é mais resumido?

Você está “achando” errado, colega. De médio esses concursos não têm nada. Já discuti aqui no blog que atualmente concursos de nível médio têm sido mais difíceis e concorridos que estudos de nível superior. Não se engane, possivelmente seus livros “descomplicados” sejam até insuficientes para uma boa preparação. Quando nos preparamos para enfrentar concursos públicos, devemos ter em mente que tem gente muito boa se preparando com o melhor material disponível e são esses caras com quem brigaremos por uma vaga. Largar do material de complexidade média para partir para as apostilas fáceis é cometer suicídio concursídico.

Você já assistiu uma palestra do William Douglas sobre como passar em provas e concursos? Vale a pena?

Assisti a uma palestra dele no começo do ano e devo confessar que o cara realmente dominou a arte de ministrar palestras motivacionais para concurseiros. Não tem como sair das palestras dele desmotivado. Acho que vale a pena, sim. Se tiver oportunidade de ir em outra, vou com toda certeza.

Vocês acham que a facilidade de aprendizagem consiste no estudo em dupla ou grupo ou descartam rigorosamente esta possibilidade?

Não acho que nenhuma possibilidade de estudo sério e de qualidade deva ser descartada, de forma nenhuma. Não uso esses métodos de estudo atualmente porque estou isolado no interior de Minas para estudar e por aqui não encontrei ainda nenhum outro concurseiro sério para formar um grupo de estudo. Se você tem colegas concurseiros comprometidos que queiram estudar com qualidade e seriedade, vá em frente. Muito cuidado, somente, para não gastar tempo demais para estudar pouca coisa.

Qual a sua opinião em relação ao estudo pelo computador? Acha que é válido?

Claro que é válido, inclusive já escrevi alguns artigos sobre o assunto. Pelo menos 70% do meu estudo é através do computador. Sabendo explorar com seriedade essa ferramenta, o concurseiro só tem a ganhar.

Você acha que esse "sem verbas" do TJSP pode estar acontecendo também no TRT/SP, justificando assim a demora na publicação do edital?

Olha, pode ser, mas quem sabe com certeza o que passa na cabeça das “otoridades”? Só que isso não deve ser motivo de preocupação, não. Devemos nos preocupar é em estudar forte e evitar que nossos direitos sejam deixados de lado, fora isso não vale a pena esquentar a cabeça, não.

Um punhado de leitores perguntou sobre o player que estou usando para as músicas diárias. O código pode ser encontrado nesse link aqui: http://www.1pixelout.net/code/audio-player-wordpress-plugin

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MÚSICA DO DIA





A música de hoje vem de longe, da Estônia (Europa Oriental). A cantora chama-se Mari-Leen e a música "1987". Apesar de não entender nada da letra da música, gostei do som, é bem dançante.

Um pequeno grande salto

Hoje estou feliz, gente.

Não, ainda não recebi nenhuma boa notícia de aprovação, nomeação ou data de posse, mas mesmo assim o motivo dessa felicidade tem tudo haver.

Quem acompanha o blog já me ouviu dizer (já me leu, para ser mais exato) que estudo apenas durante o dia. Realmente nunca tive o dom para estudar a noite com qualidade. Quando fiz faculdade optei pelo curso noturno e no dia seguinte a cada aula tinha repassar a matéria dada, assim como aconteceu com todos os outros cursos que fiz no período noturno ao longo dos anos.

Desde que comecei a estudar para concursos públicos no ano passado, esse bloqueio me incomodava. Tentei várias vezes quebrar o que chamo de “barreira das 18 horas”, o horário limite para meu estudo eficiente, mas os resultados foram medíocres, minha mente parecia entrar em marcha lenta após esse horário. Convencido de que não adiantava ficar “batendo em ferro frio”, tratei de organizar meu estudo diurno para dar conta de tudo até às 18 horas e poder, então, descansar com tranqüilidade.

Só que algo incrível aconteceu. Desde o começo da semana passada, sem ter programado ou pensado em fazer isso, quebrei naturalmente a maledeta “barreira das 18 horas”. Isso mesmo, passei a continuar estudando sem perda de qualidade até por volta das 20 horas!

“Putz, todo esse barulho por causa disso?”. Exatamente. Essa mudança é para mim uma grande conquista, ainda mais por ter acontecido de forma natural. Foi a quebra de um paradigma pessoal que já tinha por indestrutível.

Só para vocês terem uma idéia de como isso representa para mim um ganho estratégico na guerra dos concursos públicos, basta tomar como exemplo as provas realizadas a tarde, como será a prova para técnico judiciário do STF que prestarei daqui a algumas semanas. Essas provas vespertinas terminam, geralmente, entre 18 e 19 horas. Enquanto estava submetido à “barreira das 18 horas”, tinha de montar minha estratégia de prova considerando esse fator. Vocês não imaginam como essa limitação atrapalha. Agora não preciso mais me preocupar com isso, o que por si só já traz uma dose extra de tranqüilidade que, com toda certeza, permitirá que eu faça uma prova muito melhor.

No dia 20 de julho de 1969, Neil Armstrong, antes de se tornar o primeiro homem a pisar na Lua, disse a antológica frase "Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade". Para os concurseiros sérios, pequenas conquistas como a que estou comemorando são grandes saltos pessoais. Parafraseando o famoso astronauta, “um pequeno passo para outras pessoas, um grande salto para o concurseiro” ... em direção à posse, claro.

Todo concurseiro sério quebra pelo menos um paradigma pessoal em sua luta na guerra dos concursos públicos e levará isso consigo para o resto da vida. Notem que ganhamos não somente conquistando um trabalho bem remunerado, estável, conseguido como recompensa pelos nossos esforços pessoais, não, ganhamos também quebrando paradigmas pessoais que gerarão outros dividendos ao longo do tempo. O fato de ter conseguido passar a estudar com qualidade total após às 18 horas, algo que sempre me incomodou muito, permitirá que após a posse possa continuar meu aprimoramento educacional com muito mais qualidade e tranqüilidade.

Resumo da ópera – Estudar para concursos públicos é dureza, algo muito mais complicado e extenuante do que quem está de fora possa imaginar, mas vale a pena. Os ganhos envolvidos são vários, diretos e indiretos, e alguns nos são entregues antes mesmo da posse, como incentivos para continuarmos lutar, como indicadores de que estamos no caminho certo. E isso nos deixa felizes, contentes conosco mesmo. E que venham os próximos livros, apostilas, horas de estudo e concursos concorridos.

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PERGUNTA DO DIA

Que paradigmas pessoas você já quebrou enquanto estuda para concursos públicos? Quais você pretende quebrar?

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MÚSICA DO DIA





Robyn Rihanna Fenty obyn Rihanna Fenty, mais conhecida por seu segundo nome, nasceu em Barbados (Caribe) e é atualmente uma das cantoras que mais fazem sucesso ao redor do mundo, emplacando vários hits que teimam em não sair do topo das "mais tocadas" de diversos países. "Don´t Stop the music", música do seu terceiro album, é um desses casos.

Não adianta chorar

É interessante como concurseiros têm uma predisposição natural ao desespero e à frustração consigo mesmo. Independe se a pessoa é confiante e tranqüila em relação a outras coisas, quando ela decide por entrar na guerra dos concursos públicos, parece que as regras mudam e ela ganha uma dose extra de sensibilidade.

Ontem uma amiga concurseira me ligou a noite no que chamo de “estado concurseiro soluçante”, ou seja, desesperada e frustrada ao ponto de cair em lágrimas. “Eu não consigo dar conta de estudar tudo o que o edital pede. Pensei que eram poucas coisas, mas só agora estou vendo que não vou conseguir dar conta de tudo a tempo. Sou muito burra, só pode ser isso. Não acho que tenha tomado a decisão correta ao entrar nessa de querer ser servidora”.

Essa amiga começou a estudar no segundo dia desse ano. Ela não estava feliz como trabalho que tinha e aproveitou a chance de optar por uma demissão voluntária e partiu para os concursos públicos seguindo o exemplo de mim e outros dois amigos que temos em comum, um deles já aprovado, nomeado e empossado. Ela vem estudando integralmente e de forma muito séria, como menina disciplinada e responsável sempre foi. O problema é que essa amiga é formada em farmácia e matérias de direito e administração são novidade total para ela, que teve de começar a estudar do zero. Ela se inscreveu no concurso do STF para Técnico Administrativo, comemorando o “edital light”.

Ganha um doce que me apresentar um concurseiro sério que nunca se desesperou ou se frustrou com seu desempenho na guerra dos concursos. Não vou dizer que não existem, mas garanto que deve haver apenas alguns poucos espécimes por aí, mas muito pouco mesmo, porque, no geral, não há concurseiro sério, com mais ou menos experiência, que não sofra crises de desespero e frustração.

Voltando à minha amiga, apontei três pontos que em minha opinião ela não estava considerando como devia.

1º ponto – Ela começou a estudar faz pouco tempo e como partiu da estaca zero não pode esperar mesmo saber tudo o que é preciso saber para garantir a aprovação em concursos públicos com tão pouco tempo de estudo. O segredo da aprovação está em estudar o necessário pelo tempo necessário, até que chega um ponto em que você já sabe o básicão (português, informática, direitos constitucional e administrativo, administração pública, ...) e é preciso apenas estudar o que o edital pede de novo e que você nunca viu, além, claro, de rever o que já sabe para refrescar a memória.

2º ponto – Edital de concurso é mesmo uma grande armadilha. Um tópico de matéria com apenas duas palavrinhas pode esconder uma montanha de material para estudar. É como aquele desenho animado do Pato Donald em que ele está na Holanda junto de um daqueles diques e vê um buraquinho vazando água, ele tenta tapar e aparece outro, e outro, e outro, quando vê a cidade inteira está prestes a ser inundada.

3º ponto – Não adianta chorar, vida de concurseiro é assim mesmo e o melhor que podemos fazer é respirar fundo, secar as lágrimas e continuar lutando, até a posse.

Não há como evitar o desespero e a frustração. Muita gente procura uma receita mágica que conseguiria fazer isso, mas está procurando em vão. O melhor que podemos fazer é saber como minimizar seus efeitos, tornar mais espaçadas suas visitas inconvenientes e saber lidar com eles quando estão fazendo fazer sentir seus efeitos. Como fazer isso? Simples, mantendo a cabeça nos estudos e os olhos no futuro. Se temos a convicção de que nosso estudo uma hora renderá frutos, não há desespero ou frustração que resista. É como quando pegamos um resfriado, por se tratar de uma virose não há vacina 100% eficaz ou remédio que nos cure de um dia para o outro, o melhor que podemos fazer é tomar um remedinho para aliviar os efeitos, nos mantermos aquecidos e secos, tomar bastante líquidos e agüentar o corpo ruim, a garganta irritada, a corisa, os espirros sem nos rendermos à doença. Se fizermos isso, em alguns dias estamos curados. Se não fazemos, corremos o risco de pegar uma pneumonia e acabar no hospital.

Resumo da ópera – Nosso objetivo em termos de crises de desespero e frustração não deve ser evitá-los, mas não deixar que aconteçam com freqüência, que durem muito e que prejudiquem nossa luta. Não é fácil confiar em nós mesmos todo o tempo, ter certeza de que nosso estudo está sendo o suficiente para realmente concorrermos com chance passar, saber quando alcançaremos nossa tão sonhada posse, mas não adianta choradeira, a guerra que escolhemos lutar é assim mesmo e o melhor que podemos fazer é ter fé que Deus nos ajudará em nossa luta e em nós mesmos. De resto é sentar a bunda na cadeira e estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, ...

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PERGUNTA DO DIA

O que você faz quando sofre alguma crise de desespero e/ou frustração quanto ao seu desempenho na guerra dos concursos públicos, seu modo de estudar, seu conhecimento acumulado, sua luta, enfim? Como não deixar que essas crises aconteçam com freqüência, atrapalhe os estudos e minem a confiança?

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MÚSICA DO DIA





No verão inglês de 1979 uma desconhecida banda chamada Buggles apresentou para a Island Records o demo da música "Video Killed the Radio Star" e foram imediatamente contratados. No mesmo ano a música alcançou o primeiro lugar na UK Charts como música mais tocada na Inglaterra. E essa música se tornou um clássico imbatível. É uma das minhas preferidas, principalmente pelos sensuais vocais femininos. O mais interessante dessa banda é que apesar de ter sido formada no final dos anos 70, já era uma banda de estúdio, ou seja, fizeram muito poucos shows ao vivo durante sua existência.

Inciso LXXIX do artigo 5º da Constituição ?!

No artigo de ontem fiz uma referência ao inciso LXXIX do artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Foi uma referência proposital a um inciso que, simplesmente, não existe. Como já imaginava que seria, os leitores do blog não decepcionaram. Foram várias as mensagens apontando o equívoco.

Gente, concurseiro sério não pode mesmo deixar passar coisas assim. Se lê num artigo, questão de concurso, capítulo de matéria ou mesmo ouve um professor ou colega concurseiro citar uma lei ou definição que não conhece, vai correndo checar se aquilo ali está certo ou não.

Agora, se você leu o artigo de ontem, não sabe de cabeça que o tal inciso LXXIX do artigo 5º não existe e mesmo assim não teve a curiosidade de dar uma olhadinha na Constituição para ver se eu estava falando tranqueira, então, amigo, mude rápido seu comportamento nesse quesito e a partir de hoje torne-se um concurseiro curioso e chato com detalhes.

Como já diz o velho ditado, “o diabo mora nos detalhes”. É nessas coisinhas que muitos bons concurseiros se ferram e perdem pontos importantes em concursos nos quais se tivessem um pouco mais de atenção seriam aprovados. O que não falta na guerra dos concursos públicos são erros, enganos e pegadinhas propositais ou não que acabam se tornando verdadeiras armadilhas mortais prontas para tirar de cena quem não for atencioso o suficiente para detectar onde elas estão armadas.

Um bom exemplo do uso prático dessa curiosidade são os livros e apostilas que usamos para estudar, que como todo mundo sabe por melhor que seja ainda acaba tendo um errinho ou outro. Concurseiros sérios encontram esses erros e, portanto, não os estudarão como se fossem corretos. Agora, uma multidão de concurseiros lerdos e fazedores de concursos simplesmente não localizarão esses erros, nem ao menos terão a boa intenção de procurar saber se algum erro no material já foi detectado, e estudarão tudo como se não houvesse problema. Aí chega o dia da prova e os lerdos se ferram enquanto os atenciosos livram-se dessas armadilhas e se dão bem.

Esse assunto é mais sério do que parece, gente. Não é raro de nos editais ter que é para estudar determinada lei, que num de seus artigos, incisos ou parágrafos traz algo do tipo “dar-se-á como regulamentado na lei x.xxx”. Muitos concurseiros simplesmente nem têm a curiosidade de dar uma olhada na lei apontada ao menos para saber do se trata. Isso está errado, o cara precisa dar uma boa olhada nessa lei, sim. Cabeça de membro de banca de concurso que cria questões é uma caixinha de surpresas, nunca se sabe se o cara acordou num dia de mau humor e bola para um determinado concurso uma questão do tipo “O artigo tal da lei tal que trata de tal e regulamentado pela lei x.xxx, que dispõe que blá blá blá”. Se você não teve a curiosidade de checar essa maledeta lei x.xxx não saberá do que ela dispõe e, portanto, não saberá responde a essa questão. Ferrou, questão perdida é um passo mais distante da aprovação.

Resumo da ópera - Se você sacou no artigo de ontem que o tal inciso LXXIX do artigo 5º da Constituição Federal de 1988 simplesmente não existe, parabéns. Se você não notou, cuidado, que lhe sirva de lição para das próximas vezes você checar toda e qualquer referência desconhecida que encontrar em artigos, matérias, questões, o quê quer que seja que trate de concursos públicos. Somente sendo um concurseiro curioso você poderá detectar falhas, erros, enganos e pegadinhas. Que lhe sirva de lição e que você nunca mais esqueça, pois essa lição é imprescindível se você deseja mesmo alcançar a tão sonhada aprovação.

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PERGUNTA DO DIA

Você tem a curiosidade de checar referências a outras leis, conceitos e princípios quando está estudando para concursos? Alguma vez você já encontrou erros nessas referências?

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MÚSICA DO DIA





Descobri essa música num blog de novos cantores da cena indie e gostei. Juliana Hatfield tem uma voz bonita e canta legal. A música, "Back to Freedon", tem uma batida legal, animada, bem rock mesmo. Nada melhor que um som desse para começar uma terça-feira fria e nublada, o dia se torna mais animado e menos frio.

“Há quanto tempo você está estudando?”

Quando pessoas que se dedicam a estudar para concursos públicos se encontram, uma das perguntas fatídicas é a famosa “Há quanto tempo você está estudando?”, simples em sua forma, complicada em sua essência e que tem o poder de fazer muitas pessoas mentirem na resposta.

No universo concurseiro o tempo de estudo é usado como medida de valor das pessoas. Se alguém estuda há pouco tempo tem menos valor, se estuda há mais tempo tem mais valor, se estuda há muito tempo não tem valor nenhum.

Estranha essa medida, não é mesmo? Só que é assim que funciona. Vejamos como funciona essa estranha escala de valores.

Quem estuda há pouco tempo é tido como recém-chegado a essa guerra e que, portanto, ainda não tem muito conhecimento acumulado, ainda está brigando para dominar o básico em termos de matéria, estratégias de estudo, experiência em fazer provas. Portanto, essas pessoas não têm muito valor concursídico.

Quem estuda há mais tempo é tido como quem já alcançou o domínio das matérias e estratégias que levam à aprovação, já tem experiência em fazer provas, ou seja, estão no final da corrida dos concursos públicos, próximos da vitória.

Quem estuda há muito tempo é, por sua vez, tido como alguém que apenas engana que estuda, engana que está se dedicando, que simplesmente não sabe nada e nunca vai saber, ou seja, é um perdedor que não merece respeito, alguém que não tem valor algum.

Não é assim que muita gente pensa? Claro que é. O problema é que essa lógica está totalmente furada, não tem fundamento e só ferra quem acredita nela. Vejamos:

Quem estuda há pouco tempo pode ser tanto um novato mesmo, com pouco conhecimento de matérias de concursos e experiência em fazer provas, como também pode ser alguém com um grande conhecimento anterior de várias dessas matérias, experiência de sobra em estudar e fazer provas. E aí? O cara é novato por conta do tempo de estudo específico para concursos, mas tem muito mais bagagem que gente que estuda faz tempo para atingir o mesmo objetivo. Deve-se considerar também fatores quanto capacidade de aprendizagem, tempo disponível de estudo, tranqüilidade e disciplina para estudar, acesso a bons materiais. Uma pessoa que disponha desses fatores precisará de muito menos tempo de estudo para deixar de ser novato do que alguém que não os tenha.

Quem estuda há mais tempo ... hummm, aqui a enganação corre solta. O que tem de gente que engana a amigos, pais, parentes, cônjuge, a si mesmo, faz um bom tempo com a conversa mole de que está estudando firme, mas que ainda não foi aprovado porque a concorrência está brava, porque tem muita gente boa prestando concursos e tal, é enorme. Muitas dessas pessoas até começam estudando seriamente, mas à medida que o tempo passa vão relaxando, perdendo o fôlego e a determinação. Há outras pessoas que simplesmente estudam errado, com material deficiente, sem técnicas de estudo, então o longo tempo de estudo não rende muito. Há também gente que vem estudando com seriedade e qualidade, estando na eminência de ser aprovado, nomeado e empossado.

Quem estuda há muito tempo pode ser tanto gente que realmente apenas diz que estuda para concursos sem estudar coisa nenhuma, como quem estuda mais lentamente porque trabalha, tem família, tem pouco tempo disponível para se dedicar aos estudos. São grupos completamente diferentes de pessoas. O primeiro usa o “estudo para concursos públicos” como uma desculpa por estarem em empregos ruins, ganhando pouco, por não terem planos para o futuro, ou seja, como cortina de fumaça. O segundo grupo é de heróis, que estudam apesar das dificuldades e não se deixam esmorecer, que acreditam que mesmo demorando mais, um dia alcançarão seu desejado cargo público.

Resumo da ópera – Não é crime perguntar para alguém há quanto tempo ela está estudando para concursos, mas muito cuidado ao avaliar as respostas que receberá. Lembre-se que as aparências enganam, assim como as respostas para alguma pergunta. Já conheci concurseiros que estavam estudando há pouco mais de seis meses e sabiam muito, mas muito mesmo. Na outra ponta, já conheci falsos concurseiros que estavam estudando mais de dois anos e que nem ao menos sabiam de cor o inciso LXXIX do artigo 5º da nossa constituição.

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PERGUNTA DO DIA

Você acha que tempo de estudo é uma boa medida para o valor de quem estuda para concursos? Realmente que estuda há mais tempo tem mais valor que quem estuda há menos tempo? Como você encara essa questão?

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MÚSICA DO DIA



A música de hoje é um flashback de 1999 que fez muito sucesso e continua dançante e atual. Com vocês, "Mambo Nr. 5" com Lou Bega (pena que o cara sumiu do mapa depois dessa música).

Está começando ...

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COLUNA DA RAQUEL - Reta final: hora do desespero ou não

Muitos acompanham minha trajetória devem saber que estou a poucos dias da prova da Marinha.

Já estudei horrores, já estive me sentindo confiante, já passei pela fase do desespero algumas vezes, mas fui alertada para sair dela. Recentemente, ela veio com mais força e me trouxe cansaço, mas os amigos e familiares estão me dando lições para sair dessa. Por isso pego emprestado o jargão de Caetano Veloso e digo, "ou não" para o desespero.

O grande problema é que cometo um grande erro (ah, sou humana) e fico olhando para o que passou. Dou tanto valor ao que passou que acabo errando no julgamento sobre como estou agora. É verdade que ter sido reprovada dois anos consecutivos nesse concurso me deixou meio traumatizada, a despeito de ter levado meu estudo tão a sério. Contudo, um ano se passou e eu continuei estudando.

Só que eu deveria pensar mais que já estou estudando para o mesmo concurso umas três vezes, que faço cursinho e atormento os meus professores com dúvidas. Eu sou uma aluna simplesmente insuportável! Deveria lembrar sempre que, na maioria das matérias, estou na frente deles e que eu leio diversos textos extras. Enfim, eu deveria confiar mais em mim.

Ter a consciência de que estou fazendo todo o possível para a aprovação deveria ser um mantra a ser repetido à exaustão! Afinal, eu não faço mais nada na minha vida! Aos poucos fui me envolvendo nesse projeto a ponto de largar diversas outras ocupações. Só fiquei com atividade física que é pra estudar melhor, pois estava morrendo de dores no corpo no ano passado. Como podem ver, tudo envolve estudo.

Outro erro é ser muito perfeccionista, o que é um suicídio. Eu fico querendo ver o programa inteiro do concurso, mas é meio complicado. Não sei nem mesmo se é possível. Preciso parar com isso e fazer aquilo que está ao meu alcance. Eu sou uma concurseira séria!

Pois é, amigos concurseiros. O objetivo a ser alcançado é tão bom e nós lutamos por tanto tempo que não conseguimos acreditar que um dia chegaremos à aprovação.

Dias desses, estava me recordando de quando fiz meu primeiro concurso, aos 17 aninhos. Estudei a sério, obtive boa classificação, mas não fui chamada. O concurso era para formação de cadastro de reserva e só chamaram uma única pessoa. Como eu era imatura, desacreditei dos concursos. Toquei a vida, fiz vestibular, faculdade e virei fazedora de concursos. Estudava, mas ficava com preguiça de me esforçar pra valer porque achava que nunca daria em nada.

Tudo isso mudou quando descobri o que desejava fazer da minha vida. Isso aconteceu no último ano da faculdade, quando eu me sentia perdida e desanimada. Via meus colegas querendo ser Defensores Públicos, Delegados e ouvia alguns comentários atravessados sobre estudar para Oficial de Justiça. Diziam que era pouco. Tudo bem que eu não estava convicta do que fazia, mas foi engraçado vê-los tentando concurso de Oficial de Justiça depois de formados.

Nesse momento que descobri o concurso da Marinha. Um certame com matérias exóticas, poucas vagas, mas na medida certa dos meus sonhos. É menos complexo que concurso de Promotor de Justiça, pelo menos. Foi uma ligação que encontrei com os sonhos de infância e adolescência (quando adorava visitar o navio museu Bauru no RJ).

Foi esse sonho que me manteve ligada, apesar de todos os percalços, estudando para esse concurso. Não sei quando serei aprovada, mas me vejo em algum momento da minha vida fardada e marchando.

Resumo da Ópera - Ponha amor no que você faz, mas não sofra por "dor de cotovelo". Pense no quanto já caminhou, no que já aprendeu e também como seu erros te ajudaram até agora. Mesmo que julgue que a meta seja tão maravilhosa e distante, agarre-se na idéia de que, pelo menos, um dia a sua vez chegará. Pode não ser hoje, mas algum dia será. Quando estiver muito perto de uma prova, pense que fez o possível (como concurseiro sério) e não se torture tanto. Não sabote a si mesmo, ajude-se!

Raquel, uma legítima concurseira carioca.


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MÚSICA DO DIA





Para entrar na atmosfera militar, aqui vai "Aquarela do Brasil" tocada pela Banda dos Fuzileiros Navais.

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Monólogo de um Concurseiro

“Não tenho tempo mais pra nada!

Os locais que eu freqüentava não convivem mais com minha presença. Os amigos envelhecem em retratos antigos, surrados de tanto manuseá-los em busca de vagas lembranças. Amores antigos foram deixados para trás e a vida se transformou em um grande marasmo.

Os cabelos penteados, as unhas bem cortadas, sempre uma fragrância agradável, frutos de uma imagem construída por anos, foram deixados de lado. A imagem já não se vende e o produto não engana mais.

Bons anos foram aqueles em que eu contemplava o nascer do sol depois de noitadas em discotecas ou em mesas de boteco. A segunda-feira era reservada para ouvir histórias e guardá-las na memória que há muito não guarda lembranças do tempo vivido.

De repente, começaram a me chamar de concurseiro. No começo estranhei, soava como um grande palavrão. Aos poucos fui me acostumando, mas a inquietude não passou. O tempo começou a passar ainda mais rápido. Os amigos se afastaram, a badalação também e me senti sozinho, o mundo ao meu redor ficou vazio. Esse é o preço que pago por ser chamado de concurseiro? Seria o “mundo dos concursos” o monstro do pântano que tanto tinha medo quando criança?

Vivemos tão pouco, acumulamos tão poucas histórias para contá-las nos bares da vida que estudar para concurso chega a ser, às vezes, melancólico. Antes o meu melhor amigo era o João, agora convivo diariamente com minhas novas amizades: Direito Constitucional, Administrativo, etc. Meu maior inimigo era o Antônio, agora é o Português. Para onde a vida me levou...

Ah! A vida... vida corrida, com suas pernas gigantes e sua velocidade constante, não chega a dar tempo ao tempo. Corre... corre... corre!”

Resumo da Ópera: Infelizmente muitos de nós encaramos os concursos dessa forma. Deixamos de lado amigos, família, lazer e descanso em busca do tão sonhado cargo público. Claro, todo sonho tem o seu preço, não dá pra levar a mesma vida de badalação e curtição. Mas com moderação dá para levar os estudos numa boa, sem que esse convívio social atrapalhe. Portanto, ligue para os amigos e familiares; curta a vida um pouco e não deixe de sonhar. As dores que sentimos no corpo são sinais da alma que está cansada de não ser explorada. Faça isso e terá tempo para tudo!

Tiago Gomes, um solitário concurseiro especialmente para o Concurseiro Solitário

Obs: A única forma de saber se o que escrevemos tem sentido são os comentários que vocês mandam para cada artigo do blog. Não deixe de comentar e dar a sua opinião. É muito gratificante ler cada comentário. Portanto, comente os artigos e troque uma idéia conosco. Ah! E se você quiser aprofundar a conversa sobre concursos comigo escreva para: concurseiroviajante@gmail.com. Grande abraço!

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Estudar mais do que o edital pede é uma boa estratégia?

No começo do mês que vem serei um dos bravos concurseiros que encararão a batalha do concurso do STF em Brasília, onde 94.442 candidatos lutarão para conquistar uma das poucas dezenas de vagas obedecidas. Além de estudar as matérias previstas no edital, também freqüento alguns fóruns e listas de discussão sobre esse concurso, o que é sempre uma boa política para se inteirar sobre o que está acontecendo em relação ao concurso. E não é que fui realmente surpreendido pelo email de um colega candidato numa dessas listas de discussão?!

O cara postou uma mensagem contando como tinha sido árduo estudar, resumir e esquematizar toda a lei 8.112/90, aquela que “Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais”. Tudo bem, realmente não é um “passeio no parque” fazer isso. O problema é que o cara está concorrendo a uma vaga de técnico judiciário da área administrativa, assim como eu, e no edital do concurso não está previsto que é para estudar toda essa lei, apenas parte dela!

Juro que fiquei encucado com essa decisão do cara de estudar mais do que o edital coloca que será exigido na prova. Pensei até em mandar um mail para ele perguntando isso, mas acabei não fazendo porque o cara poderia me levar a mal. De qualquer modo, sinceramente não entendo essa estratégia e, por isso mesmo, andei pensando um pouco no assunto, analisando seus prós e contras.

Prós – Desde que o edital é a lei do concurso, não pode haver na prova nenhuma questão sobre assunto que não esteja previsto no mesmo, sob a pena de anulação da questão, logo, qual o sentido de estudar o que não é pedido no edital? Em se tratando de lei seca, não consegui pensar em nenhuma vantagem de fazer isso. Se pelo menos fosse uma matéria comum, até poderia ser argumentado que estudar tudo facilitaria o entendimento de vários pontos por conta do encadeamento de assuntos, mas isso não vale para lei seca.

Contras – Pensei em vários, mas o principal é gastar tempo estudando o que não seria necessário ao invés de estar estudando o que efetivamente será cobrado em prova.

Diante da minha incapacidade de encontrar vantagens nessa “estratégia”, passei a imaginar por que o cara faria isso então. Cheguei a três hipóteses de causa:

Falha na leitura do edital – Ele simplesmente não leu ou leu apenas por cima o edital, e por isso está estudando a dita lei inteira achando que é assim que a banca quer.

Fazendo pressão – O cara está querendo “botar pressão” na lista, parecer muito estudioso e esforçado para os outros concorrentes, fazer pose de candidato super bem preparado, talvez achando que com isso será mais fácil alcançar a aprovação.

Acreditando no ditado popular – O cara realmente acredita que o ditado popular “É melhor pecar pelo excesso que pela falta” é uma verdade universal que deve ser aplicada a todo e qualquer assunto.

Fico com a primeira hipótese, que é algo muito comum de acontecer entre concurseiros, inclusive concurseiros mais experientes. É incrível como brasileiro não gosta de ler documentos importantes como contratos de banco, bulas de remédio, manuais de instruções ... e editais de concursos públicos.

Resumo da ópera – Fica o alerta, se de acordo com o edital é preciso estudar apenas parte de uma lei seca para um concurso, não perca seu tempo estudando a lei inteira a não ser que isso seja imprescindível para o entendimento da danada. Lembre-se do seguinte, enquanto esse cara estava ralando para estudar a 8.112/90 inteirinha, eu e outros tantos candidatos estudamos duas ou três vezes apenas a parte indicada no edital ... e quem você acha que está melhor preparado no dia da prova pelo menos em relação a essa lei?

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PERGUNTA DO DIA

Você costuma estudar apenas o que o edital pede ou vai além e estuda um pouco mais só para garantir? Você é dos que acreditam que é melhor pecar pelo excesso que pela falta?

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MÚSICA DO DIA




A música de hoje é um rock meio tristongo do MGMT chamada "Time to pretend", que faz parte da trilha sonora do recém-lançado filme "Quebrando a banca" (21) com Kevin Spacey. Sugiro que vocês procurem a letra, que é muito interessante e tem tudo haver com o que sonhamos em fazer de nossas vidas quando somos muito jovens.

Uma dúzia de malas


Tempos atrás uma amiga resolveu fazer uma longa viagem pelo mundo. Apesar de não ser milionária, ela tinha como bancar uma viagem de longa duração, então juntou suas coisas e pôs o pé na estrada. Ontem ela entrou em contato e conversamos um pouco.

Fiquei surpreso de ouvi-la dizer que não está aproveitando a viagem como gostaria e que isso a está frustrando. Perguntei o motivo e ela respondeu que eram as malas. Então explicou que começou a viagem levando uma mala respeitável com tudo o que achou que precisaria durante a jornada. Só que em cada lugar que ela visitava, ela juntava mais coisas. Com o tempo sua mala ficou pequena e ela teve de compra outra, depois mais uma, depois mais uma. Quando me ligou, de uma estação de trem ou aeroporto distante, ela estava tendo de lidar com uma dúzia de malas de todos os tamanhos, todas lotadas e pesadas.

Imagine viajar pelo mundo desse jeito, carregando para cima e para baixo um número crescente de malas pesadas. Não há cristão, mulçumano, judeu ou hindu que mereça.

O que isso tem haver com concursos públicos? Simples. Na realidade essa amiga é uma concurseira muito séria, mas que tem o mau hábito de carregar consigo todas as derrotas, erros e enganos de seu passado concurseiro em sua jornada para o sucesso, como uma dúzia de malas pesadas. E ela está cansada de fazer isso, está sentindo como isso a está atrapalhando. Só que ela não está sozinha, uma parcela considerável de concurseiros comete o mesmo erro.

Disse para essa amiga que ela deveria parar e dar uma geral nessa bagagem. Ela deveria abrir todas as malas, separar apenas o extremamente necessário e que coubesse numa mochila de viagem ou numa mala de rodinhas de tamanho médio, devendo largar todo o resto e seguir sua viagem muito mais tranqüila, livre, leve e solta. Traduzindo, ela deveria esquecer tudo o de ruim que passou desde que se tornou uma concurseira, deixar tudo isso para trás para que não atrapalhe mais sua caminhada em direção ao sucesso futuro.

Realmente temos uma tendência a ficar lamentando por não termos estudado melhor tal matéria, não termos usado tal material de estudo, não termos prestado tal prova ou não termos passado em tal concurso. Nos esquecemos ou mesmo recusamos a aceitar que o passado é passado e não pode ser mudado, que como diz o sábio ditado popular, “não adianta chorar sobre o leite derramado”. O efeito disso sobre o concurseiro é nefasto e devastador, mina nossa segurança, nossa auto-confiança e, pior, compromete nossa qualidade de estudo.

Costumo fazer o seguinte para lidar com isso. No dia seguinte a uma prova de concurso tiro o dia de folga, mas ao invés de dormir o dia inteiro, aproveito para fazer um balanço daquele pedaço da minha jornada, desde o primeiro dia que estudei para aquele concurso que acabei de prestar. Pego duas folhas limpas de papel, uma chamo de positivo e outra de negativo. Então passo a listar o que fiz de certo e fiz de errado, o que estudei suficientemente e o que deveria ter estudado melhor, enfim, faço um inventário geral. Quando termino, guardo comigo listagem de pontos positivos e então releio com cuidado a listagem de pontos positivos antes de queima-la com a ajuda de um fósforo ou de um isqueiro. Esse gesto simboliza que tudo aquilo de errado que fiz foi listado, analisado, perdoado e deixado no passado onde pertence, que não levarei comigo nenhum arrependimento ou frustração. Só após esse exercício me sinto pronto para começar a estudar para outro concurso.

Resumo da ópera – Se na sua jornada concurseira você está arrastando uma dúzia de malas lotadas e pesadas, então está mais do que na hora de você fazer uma geral nessa bagagem, guardar só o que precisará para o restante da viagem e simplesmente tacar fogo no que sobrar, para que não o atrapalhe mais durante a viagem. Gente, não há um concurseiro sério que não tenha estudado errado, não estudado direito, sofrido derrotas em concursos, isso é fato. O grande segredo está em analisar o que aconteceu de errado e então deixar tudo isso para trás de forma que não o atrapalhe nas batalhas futuras ... a não ser que você goste de viajar carregando uma dúzia de malas para cima e para baixo como um trouxa.

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PERGUNTA DO DIA

Como você lida com suas derrotas passadas, com os concursos nos quais não passou, com o estudo errado, com as técnicas mal aplicadas, com o material errado que usou? Você já tentou deixar o passado para trás? Foi bem sucedido? Ou não fez porque acha que não o atrapalha?

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MÚSICA DO DIA





Nossos irmãos portenhos (argentinos) cultuam fervorosamente três ídolos, Evita Perón, Maradonna e Astor Piazzolla. A primeira era uma política populista, o segundo não é, nunca foi e nunca será o maior jogador do mundo (Salve, Pelé), mas para o terceiro tiro meu chapéu. Astor Piazolla foi um gênio do tango e sua obra é definitiva no gênero, merecendo ser apreciada por amantes da música de todas as nacionalidades. Para vocês trago a interessantíssima "Milonga Loca".

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